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Canais de Allan dos Santos são excluídos das redes após determinação do STF

Bolsonarista Allan dos Santos e presidente Jair Bolsonaro - Reprodução de vídeo
Bolsonarista Allan dos Santos e presidente Jair Bolsonaro Imagem: Reprodução de vídeo

Colaboração para o UOL

14/10/2021 14h51

O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos teve o seu perfil no Instagram bloqueado e seu canal do YouTube, intitulado "Terça Livre", removido da plataforma após uma determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, responsável pelas investigações sobre as milícias digitais e suas atuações na perpetuação de fake news e de atentarem contra a democracia. A informação foi revelada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo UOL.

Segundo o Facebook, empresa responsável por controlar o Instagram, o perfil de Allan foi bloqueado em "cumprimento de uma ordem judicial". Já o YouTube destacou que o "Terça Livre foi removido em cumprimento de uma decisão proferida em processo judicial, que está sob segredo de justiça".

Na semana passada, o Twitter suspendeu a segunda conta de Allan dos Santos. O blogueiro, que está morando nos Estados Unidos, contava com mais de 300 mil seguidores no novo perfil, após o original ter sido suspenso em 2020.

Uma investigação da PF (Polícia Federal) aponta que o blogueiro tentou influenciar o presidente Jair Bolsonaro e parlamentares da base a darem um golpe de Estado durante os atos antidemocráticos de 2020.

Segundo a PF, nas manifestações em apoio ao governo, realizadas nos dias 19 e 26 de abril e 6 de maio de 2020, Allan dos Santos encaminhou mensagens ao ajudante de ordens de Bolsonaro frisando a "necessidade de intervenção militar". A conversa termina com a declaração de que "as FFAA (Forças Armadas) precisam entrar urgentemente", pois "não dá mais para aceitar decisões do STF" citadas na conversa.

No dia 19 de abril, Bolsonaro discursou durante um ato em Brasília em frente ao Quartel General do Exército em que milhares de manifestantes defenderam a intervenção militar e o fechamento do STF e do Congresso.

"Nós não queremos negociar nada. Nós queremos é ação pelo Brasil. O que tinha de velho ficou para trás. Nós temos um novo Brasil pela frente. Todos, sem exceção, têm que ser patriotas e acreditar e fazer a sua parte para que nós possamos colocar o Brasil no lugar de destaque que ele merece. Acabou a época da patifaria. É agora o povo no poder", disse Bolsonaro.

O inquérito das milícias digitais, comandado pelo ministro Alexandre de Moraes, foi aberto em julho do ano passado para investigar a atuação de uma organização criminosa que atua nas redes sociais com o intuito de produzir, publicar, financiar e distribuir conteúdo político que atente contra as instituições democráticas.