Aziz sobre CPI acusar Bolsonaro de genocídio: 'Vou ter que ser convencido'
Em entrevista ao UOL News na manhã de hoje, o senador e presidente da CPI da Covid Omar Aziz (PSD-AM) falou sobre a reta final do relatório produzido por Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão.
O relator pretende pedir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por homicídio. Aziz disse que precisa ser convencido para acusar Bolsonaro.
"Vou ter que ser convencido de que Bolsonaro cometeu o crime de genocídio. Nós demos o prazo até o dia 15 desse mês, que é hoje, para o Renan fizesse o relatório, com auxílio de pessoas qualificadas. Se for colocar o presidente como genocida, eu queria saber qual foi o genocídio. Todos sabem das minhas divergências com o presidente, mas eu não posso ir além. Eu tenho que ter essa cautela, eu não vejo, só se alguém me convencer desse crime", disse o senador, sem explicar contra quem seria o genocídio apontado no relatório.
Questionado se o general Walter Braga Netto entraria no relatório, Aziz disse que "se pudesse, adiaria o final da CPI para ouvi-lo".
"Se eu pudesse adiaria o final da CPI para ouvir do Braga Netto quem produziu aquele decreto para mudar a bula da cloroquina. Eu gostaria de fazer apenas uma pergunta para ele: quem teve e quem redigiu o decreto? Não foi o senhor, porque o senhor não entende nada de saúde. Não importa se é general ou coronel, precisa ser investigado do mesmo jeito", afirmou.
"O nome dele precisa estar no relatório. O gabinete paralelo tinha a participação dele, com certeza absoluta. Se o gabinete paralelo existiu, Braga Netto estava junto. Ele não estava fora disso não", completou.
O senador ainda comentou sobre a declaração do presidente Jair Bolsonaro, que disse que chora no banheiro em casa.
"Tem pessoas que choram de alegria, pessoas que choram de tristeza e eu espero que o presidente esteja fazendo um choro de autocrítica", finalizou Aziz.
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