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Confiante, Datena acha mais fácil tirar Bolsonaro do que Lula do 2º turno

José Luiz Datena diz que é mais fácil tirar Bolsonaro do que Lula do segundo turno nas eleições de 2022  - Diego Padgurschi/UOL
José Luiz Datena diz que é mais fácil tirar Bolsonaro do que Lula do segundo turno nas eleições de 2022 Imagem: Diego Padgurschi/UOL

Do UOL, em São Paulo

15/10/2021 07h57

O apresentador José Luiz Datena disse, em entrevista à revista Veja, que considera mais fácil tirar o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) do segundo turno e que está confiante em uma vitória nas eleições presidenciais de 2022.

Pré-candidato à presidência pelo PSL, Datena ainda disse que só permanece no partido após a fusão com o DEM caso seja o candidato à presidência. Por isso, concentra suas atenções na sua candidatura e não opina sobre um eventual segundo turno entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Não votaria em nenhum deles [Lula ou Bolsonaro]. Tenho certeza de que vai dar tudo certo e eu serei o próximo presidente da República", disse Datena, que no primeiro turno vislumbra disputar eleitores com o atual presidente.

"[É mais fácil tirar do 2º turno] Bolsonaro, com certeza. Ele é quem está perdendo voto, é o que dizem as pesquisas. Mais fácil tirar ele do que Lula", avaliou.

Antes da disputa eleitoral, porém, Datena ainda tem um longo caminho a percorrer. A fusão do PSL com o DEM para a formação da União Brasil criou concorrência interna para o lançamento de sua candidatura.

O apresentador disse que aceitaria participar de prévias contra o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e contra o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, mas que avalia outras opções para as eleições caso sua candidatura não prospere. Ele recebeu convites do PDT — para ser vice de Ciro Gomes — e do PSD.

'Eu aceito prévias contra Luiz Henrique Mandetta e Rodrigo Pacheco, porque sou um democrata. Posso participar e ganhar. Agora, se eu perder, não quero ficar e ser candidato nem a governador nem ao Senado, porque tenho convites de outros partidos", disse.

"Gilberto Kassab já me convidou para ser candidato e tive uma conversa com Ciro Gomes (PDT), que me ofereceu a possibilidade de ser candidato a vice dele ou a governador. Então, dessa fusão, eu só saio candidato a presidente", completou.

"Ninguém é anjo"

Apesar de não se colocar ideologicamente no campo da direita, Datena deve disputar espaço neste espectro caso consiga confirmar sua candidatura às eleições. Neste cenário, o ex-juiz Sergio Moro, que avalia a possibilidade de aceitar convite do Podemos, é um potencial adversário do apresentador.

Para Datena, Moro tem qualidades, mas não seria um bom presidente. "Ele é uma pessoa honesta, mas não acho que seria um bom candidato, um bom presidente. Parece que ele julgou mal Lula, trocou informações que não deveria ter trocado com os procuradores. Isso não é uma coisa correta", disse.

"Acho que ali ele pisou na bola, ainda mais assumindo depois disso o ministério de Bolsonaro. Isso não significa que ele seja desonesto. Às vezes o cara dá um escorregão na vida. Outra coisa é essa história de trabalhar para uma empresa que defende os interesses de uma companhia que ele condenou, como a Odebrecht. Prova que ninguém é anjo, ele não é a freira que entrou na boate", completou.

Datena ainda fez críticas aos governos petistas, ligando a eleição de Bolsonaro ao que chamou de "péssima condução dos regimes da esquerda".

"Quem criou Bolsonaro foi a esquerda, o Lula indo para a cadeia, o Lula criando a Dilma, o pior governo de todos os tempos, que jogou o país no nosso pior período recessivo. Bolsonaro não foi eleito pelos méritos dele. Quem o elegeu foi a péssima condução dos regimes de esquerda. A incompetência da esquerda elegeu Bolsonaro, e a incompetência do governo Bolsonaro está agora trazendo Lula de volta", disse.