Temer pede atenção à fome e diz que massas populares 'podem se rebelar'
O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse, em declaração publicada pelo jornal Valor Econômico, que é preciso ter atenção à fome no Brasil e que grandes massas populares "podem se rebelar" diante de carências que não são atendidas. A declaração foi dada em um seminário promovido pelo Global Council of Sustainability and Marketing e Fórum das Américas, ontem, em São Paulo.
De acordo com o Valor Econômico, Temer ainda defendeu o uso de créditos extraordinários, previstos para casos como de calamidade pública, para financiar o Auxílio Brasil, programa que vai substituir o Bolsa Família.
"Essas grandes massas populares, num dado momento, podem se rebelar, podem desagregar a nossa nação", afirmou o ex-presidente, segundo o jornal Valor Econômico.
"Não é preciso queimar a cabeça para editar orçamento de guerra e coisas assim, basta usar o que está na emenda do teto e, agora, em face do prolongamento da pandemia com imagens de gente procurando no lixo para poder comer, temos mais de 20 milhões que passam fome. Não é pobreza, é miserabilidade e temos de dar atenção a isso", completou.
Sobre a sinalização do Governo de que vai furar o teto de gastos para aumentar para R$ 400 o valor do Auxílio Brasil em 2022, Temer mostrou preocupação, de acordo com o jornal, defendendo responsabilidade administrativa e fiscal.
Michel Temer, recentemente, ficou em evidência ao redigir o esboço a carta publicada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após o dia 7 de setembro. O texto marcou um recuo de Bolsonaro após uma escalada de ameaças golpistas que culminou com uma forte reação de instituições como o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal).
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