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Delegado da PF acusa diretor da corporação de acúmulo de funções

Paulo Maiurino, delegado-geral da PF - Reprodução/Alesp
Paulo Maiurino, delegado-geral da PF Imagem: Reprodução/Alesp

Colaboração para o UOL, em Brasília

19/11/2021 21h26

O delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva solicitou que a Corregedoria-Geral do órgão investigue o diretor Paulo Maiurino por acúmulo de função pública entre 2019 e 2020. Nesse período, Maiurino teria ocupado cinco cargos públicos simultaneamente.

No governo do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, Maiurino foi nomeado assessor especial em março de 2019 e ficou até setembro de 2020, quando o ex-governador foi afastado. Durante esse tempo, o atual chefe da PF recebeu cerca de R$ 12.000 por mês. No entanto, junto ao cargo comissionado no governo Witzel, Maiurino também cumpria a função de subsecretário de Inteligência na Secretaria de Estado de Segurança Pública, onde trabalhou até setembro de 2020.

Na semana passada, o delegado Alexandre Saraiva já havia pedido que a PF abrisse investigação para apurar a origem do dinheiro usado por Maiurino na compra de imóvel de luxo nos EUA. No requerimento, Saraiva cita reportagem em que o site Metrópoles aponta que Maiurino comprou um apartamento de US$ 675 mil em Miami.

O delegado Alexandre Saraiva, ex-superintendente da PF no Amazonas, foi substituído após enviar ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma notícia-crime contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Saraiva passou quatro anos na chefia da PF no Amazonas. Em 2019, o delegado foi o pivô da primeira crise entre o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em 2019.