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Maior adversário de Bolsonaro em 2022 é Moro, e não Lula, diz Sheherazade

3 dez. 2021 - Rachel Sheherazade, jornalista, em entrevista ao UOL News, programa do Canal UOL - UOL
3 dez. 2021 - Rachel Sheherazade, jornalista, em entrevista ao UOL News, programa do Canal UOL Imagem: UOL

Do UOL, em São Paulo

03/12/2021 13h41Atualizada em 03/12/2021 13h43

Para a jornalista Rachel Sheherazade, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem ciência de que o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) é o principal adversário dele nas eleições presidenciais de 2022, e não o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Eles disputam o mesmo voto, o mesmo eleitorado", disse Rachel Sheherazade, que atua no portal Metrópoles e na revista IstoÉ, ao UOL News, programa do Canal UOL.

A declaração de Sheherazade veio no contexto de troca de acusações e farpas públicas entre o ex-presidente e o ex-ministro da Justiça, que devem estar presente na corrida presidencial em 2022.

Ontem, mais cedo, em entrevista à rádio Jovem Pan Paraná, Sergio Moro afirmou que Bolsonaro comemorou a soltura do ex-presidente Lula, em 2019, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) pôs fim à prisão de condenados em segunda instância.

Segundo o ex-juiz, Bolsonaro via vantagens políticas no fato de o petista estar solto. Pela noite, porém, Bolsonaro negou a fala dita por Moro, chamando o ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública de "sem caráter" e "palhaço".

Fazendo tréplica, hoje pela manhã, em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco, Moro se esquivou de responder às críticas de Bolsonaro. "Todo mundo sabe quem é quem nessa história e quem defende as coisas certas", alegou.

Para Sheherazade, por Bolsonaro e Moro disputarem igualmente os votos da "direita mais aguerrida", ambos ainda travarão muitos embates públicos com a finalidade de angariar votos para 2022. "Vai haver muita troca de farpas", avaliou.

Em pesquisa de intenção de voto para 2022 divulgada no início de novembro pela consultoria Quaest, Lula venceria em primeiro turno em um cenário com Bolsonaro, Moro, Ciro Gomes (PDT) e o governador João Doria (PSDB), de São Paulo, concorrendo.

Lula teria 48% das intenções de voto e seria seguido por Bolsonaro, com 21%. Moro viria em terceiro, com 8%, e ficaria empatado na margem de erro — 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos — com Ciro, com 6%