Moro propõe criar corte nacional anticorrupção
O pré-candidato à presidência Sergio Moro (Podemos) disse, em entrevista ao jornal Correio Braziliense, que entre as propostas que apresentará na corrida eleitoral de 2022 está a criação de uma corte nacional anticorrupção.
Ex-juiz da Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Moro tem repetido em entrevistas que o combate à corrupção é uma de suas principais plataformas para viabilizar sua candidatura.
"Temos que pensar formas para aprimorar o combate à corrupção, inclusive nas cortes de Justiça. Por isso, no nosso projeto, que estamos apresentando, propomos a criação de uma corte nacional anticorrupção", disse.
Questionado se haveria estrutura para mais uma corte no Brasil, Moro disse que era preciso "pensar um pouco fora da caixinha" para deixar o Judiciário, em sua opinião, mais eficiente em relação ao que chama de poderosos.
"Fui juiz por 22 anos, tenho um grande respeito pelo Judiciário e por seus servidores. Infelizmente, nós também temos que reconhecer que o nosso Judiciário é muito custoso. Ele presta um serviço que não é eficiente. A gente fala muito de corrupção. E, realmente, fora do período da Lava-Jato, e com outras raras exceções, como no caso do mensalão, a Justiça não tem funcionado contra os poderosos", disse.
Comentando de forma geral o que pretende com o projeto, Moro disse que as "pessoas precisam de justiça" e a proposta da Corte Nacional Anticorrupção é baseada em modelos internacionais.
"A ideia não é criar um tribunal com mais juízes e mais servidores, impactando o orçamento público. A ideia é utilizar as estruturas já existentes e atrair para a corte nacional anticorrupção os melhores servidores e os melhores magistrados do Judiciário, por meio de um processo seletivo que leve em conta, com procedimentos de devida diligência, não só a integridade dessas pessoas, mas também o comprometimento com o combate à corrupção, sem aumentar custos orçamentários", disse.
Sergio Moro se colocou na corrida eleitoral ao se filiar ao Podemos em novembro deste ano. Desde então, o ex-juiz tem concedido entrevistas, participado de eventos e se encontrado com lideranças políticas com a intenção de viabilizar sua candidatura.
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