Moro vende móveis que usou em sua passagem de um ano pelos EUA
O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) e sua esposa, a advogada Rosângela Moro, estão vendendo seus móveis e pertences que utilizaram durante o ano em que viveram nos Estados Unidos. Cadeiras, mesas, bicicleta ergométrica e outros utensílios são oferecidos à venda em grupos de Whatsapp e sites, como na versão norte-americana do OLX. A informação foi publicada no jornal O Globo e foi confirmada pelo UOL.
O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) é um possível candidato à Presidência em 2022. Ele se apresenta como uma provável "terceira via", diante de um cenário com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Neste sábado, Moro teve um encontro com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), em Porto Alegre (RS). O tucano disputou prévias com Doria para se lançar à Presidência, mas os correligionários preferiram o governador paulista. No domingo à noite, o ex-juiz vai a Recife (PE) lançar seu livro.
Enquanto isso, Rosângela Moro segue liquidando móveis do casal nos EUA. Há ainda abajures, poltronas, cômodas e tapete de fibras.
Primeira venda foi após rompimento com governo
Quando eles deixaram Brasília, também houve venda de utensílios da família. Moro rompeu com Bolsonaro em abril de 2020 depois de uma série de tensões envolvendo o desejo do presidente da República de trocar delegados de postos de comando na Polícia Federal.
Fora do governo, Moro voltou para Curitiba (PR). Passou a trabalhar numa consultoria, a Alvarez & Marsal, que administrava a recuperação judicial de uma construtora condenada pelo então juiz, a Odebrecht. Ele mudou-se com parte da família para os EUA. Vivia em Maryland, nas proximidades de Washington.
Em novembro deste ano, Moro voltou ao Brasil para se lançar às eleições em 2022.
Rosângela deve ficar alguns dias mais nos EUA. Moro deve ir aos Estados Unidos buscá-la, assim como o filho, que está prestes a concluir estudos. Enquanto os três estavam fora do Brasil, a filha mais velha permaneceu em Curitiba (PR), onde faz faculdade.
Na Lava Jato, ex-juiz condenou Lula
Entre 2014 e 2018, Moro foi juiz que julgou os principais casos de corrupção da Operação Lava Jato, na 13ª Vara Federal de Curitiba. Ele condenou Lula por corrupção e lavagem de dinheiro. A sentença, confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral da 4ª Região, tornou o petista "ficha suja".
Com isso, Lula não pôde disputar as eleições de 2018. Jair Bolsonaro (então no PSL) venceu Fernando Haddad (PT) no segundo turno, em outubro de 2018. E Sergio Moro deixou a magistratura para ser ministro da Justiça de Bolsonaro .
Em 2020, o rompimento do ex-juiz e do presidente Bolsonaro trouxe sequelas judiciais. A Procuradoria Geral da República investiga se Bolsonaro cometeu crimes como corrupção passiva no episódio de buscar trocar policiais. O inquérito, que também está a cargo da Polícia Federal, corre no Supremo Tribunal Federal.
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