Bolsonaro sobre entrada de filha em colégio militar: 'Questão de segurança'
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse hoje que a ida de sua única filha, Laura Bolsonaro, de 10 anos, para um colégio militar é necessária para preservar a segurança.
"É uma questão de segurança", afirmou Bolsonaro em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília, em gravação feita pelo canal Foco do Brasil, no YouTube. "Se eu não estou seguro, imagina a minha filha?."
Bolsonaro pediu ao Exército para que Laura fosse matriculada no Colégio Militar de Brasília para o ano de 2022 de forma excepcional — ou seja: sem a necessidade de passar pelo processo seletivo da instituição —, segundo revelou a Folha de S.Paulo em agosto.
O processo seletivo para 2022 no Colégio Militar de Brasília, com vagas apenas para o 6º ano do Ensino Fundamental — justamente o que Laura cursará no ano que vem —, tem a concorrência de 1.057 candidatos para 15 vagas (70,4 inscritos por vagas).
As provas de admissão ocorreram em outubro e contaram com questões de múltipla escolha de Matemática, Língua Portuguesa e Produção Textual (Redação).
No fim do mesmo mês, a Folha de S.Paulo noticiou que o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, aceitou o pedido de Bolsonaro e permitiu a matrícula Laura no Colégio Militar de Brasília.
Indagado via LAI (Lei de Acesso à Informação), o Exército não atendeu ao pedido da Folha para liberar os documentos que embasaram a autorização para a matrícula de Laura.
Sem tempo
No fim de novembro, Bolsonaro afirmou que participa pouco da educação de Laura e atribuiu à esposa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, "90%" da responsabilidade sobre a vida escolar da filha.
"Tem dia, confesso a você, que saio de manhã, chego e nem a vejo em casa. A educação está muito mais voltada, muito mais, noventa e poucos por cento, para a mãe dela, a senhora Michelle", disse o presidente à rádio Sociedade da Bahia.
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