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Moraes concede prisão domiciliar a Zé Trovão com uso de tornozeleira

O caminhoneiro usará tornozeleira eletrônica e está impedido de usar redes sociais e se comunicar com os demais investigados - Reprodução/Redes Sociais
O caminhoneiro usará tornozeleira eletrônica e está impedido de usar redes sociais e se comunicar com os demais investigados Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Rafael Neves e Sara Baptista

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

17/12/2021 16h48Atualizada em 17/12/2021 17h48

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes concedeu hoje prisão domiciliar ao militante bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão. Ele está preso desde 26 de outubro, após ter passado dois meses foragido.

Moraes atendeu ao pedido da defesa de Zé Trovão, ao qual a PGR (Procuradoria-Geral da República) não se opôs por ele ter se apresentado voluntariamente à PF, e converteu a prisão preventiva em prisão domiciliar.

O caminhoneiro usará tornozeleira eletrônica e está impedido de usar redes sociais e se comunicar com os demais investigados. Ele também só poderá dar entrevistas com prévia autorização judicial.

"Apesar da gravidade das condutas do requerente, em razão do lapso temporal decorrido do feriado nacional de 7/09/2021 e a presente data, não estão mais presentes, em relação a Marcos Antônio Pereira Gomes os requisitos fáticos necessários à manutenção da prisão preventiva", escreveu o ministro.

Zé Trovão é investigado no âmbito do inquérito que apura a organização de atos antidemocráticos. O militante ficou famoso por vídeos em que proferiu ofensas aos ministros da Corte e incentivou a população a participar dos atos golpistas do 7 de setembro.

A prisão de Zé Trovão foi decretada no dia 3 de setembro pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). Deputados bolsonaristas, como Carla Zambelli (PSL-SP), entraram com pedido de habeas corpus ao caminhoneiro, que foi rejeitado.

Ele então ficou foragido no exterior até o dia 26 de outubro, quando se entregou à Polícia Federal em Joinville, em Santa Catarina.