Bolsonaro nega ser antivacina e diz que "fez a coisa certa" na pandemia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou hoje a dizer que não é contrário à vacinação no Brasil e declarou que considera ter feito "a coisa certa" durante a pandemia do coronavírus.
Em entrevista à rádio Viva, do Espírito Santo, o governante afirmou ainda que teria pronto um roteiro de ações caso o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendesse a decisão que garantiu a autonomia para governadores e prefeitos implementarem medidas sanitárias.
"Se o Supremo restabelecer o comando das ações da pandemia para mim, eu tenho pronto o que faria poucas horas depois. Eu não falo agora senão se vai ser uma polêmica enorme, uma crítica muito grande contra a nossa pessoa... Mas nós fizemos a coisa certa durante a pandemia."
Bolsonaro pontuou mais uma vez o seu posicionamento pessoal contrário à inclusão de crianças de 5 a 11 anos no PNI (Programa Nacional de Imunizações), mas —diferentemente do que ocorreu em entrevistas anteriores— evitou fazer críticas à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O presidente tem contestado publicamente a entidade regulatória desde que o órgão liberou a aplicação da vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos. A imunização desse grupo etário começou há dois dias.
"Deixo bem claro, foi o nosso governo que comprou 400 milhões de doses de vacinas. Continuam me acusando de ser contra a vacina, mas como contra se eu comprei 400 milhões de doses?", afirmou Bolsonaro.
"O que eu entrei em disputa nas últimas semanas foi quando se falou em vacinar crianças de 5 a 11 anos. Ou seja, prevaleceu a vontade nossa, do Ministério da Saúde, onde as crianças podem se vacinar desde que os pais autorizem. E fiquem sabendo dos possíveis efeitos colaterais, que não são poucos. A nossa participação é por aí."
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