Topo

Esse conteúdo é antigo

Moraes abre investigação preliminar contra Weintraub após acusação em live

O ex-ministro Abraham Weintraub fez acusações contra um ministro do STF em live no último domingo (16)  - Walterson Rosa/Ministério da Educação
O ex-ministro Abraham Weintraub fez acusações contra um ministro do STF em live no último domingo (16) Imagem: Walterson Rosa/Ministério da Educação

Do UOL, em São Paulo

21/01/2022 16h36Atualizada em 21/01/2022 17h15

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes abriu um procedimento para apurar falas do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub em uma transmissão ao vivo nas redes sociais no último domingo (16).

A decisão de Moraes foi no âmbito do inquérito das fake news, que apura ameaças contra integrantes da Corte. Ele determinou a abertura de uma petição separada, uma etapa prévia à inclusão do material no inquérito.

Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., Weintraub acusou um dos ministros da Corte de parcialidade, sem dizer nomes ou apresentar provas. Na gravação, ele diz que "esse juiz" estava procurando um imóvel no mesmo lugar em que ele mora.

Ele teria visto a casa do ex-ministro e perguntado a um interlocutor de quem era. Ao saber que era o ex-ministro da Educação, questionou se a propriedade estaria à venda.

"Pergunta para ele se não quer vender para mim, já que não vai voltar mais para o Brasil", diz Weintraub na live. "Esse juiz me negou habeas corpus, foi um dos dez que me negou habeas corpus".

Em junho do ano passado, o STF decidiu, por 9 votos a 1, rejeitar um habeas corpus e manter Weintraub no inquérito das fake news. Votaram com a maioria os ministros Luiz Fux, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Celso de Mello, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso, José Antônio Dias Toffoli e o relator, Edson Fachin.

O pedido veio após Weintraub ter sido chamado a prestar esclarecimentos sobre as declarações contra o STF na reunião ministerial de 22 de abril daquele ano. Na ocasião, Weintraub disse: "Botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF".

Pouco depois, o ex-ministro deixou o país e foi para os Estados Unidos, onde trabalhou como diretor no conselho administrativo do Banco Mundial por indicação do governo brasileiro. Ele retornou no começo deste ano e planeja se candidatar ao governo de São Paulo.