Dirceu nega que terá cargo em possível governo Lula: 'Não tenho intenção'
O ex-ministro José Dirceu (PT) negou que irá assumir cargo em ministério durante uma eventual reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista à colunista Bela Megale, do jornal O Globo, Dirceu reforçou que esse não é um assunto do qual trata com o possível presidenciável.
"Primeiro, Lula nunca indicou ou permitiu discussão antes de vencer as eleições. Segundo, não tenho a intenção e não vou ocupar cargos caso ele seja eleito, o que acredito que será", falou.
Hoje, o presidente Jair Bolsonaro (PL) previu que Dirceu e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) seriam ministros caso houvesse um novo governo Lula: "Alguém acha que, se o cara [Lula] voltar, Zé Dirceu não vai para a Casa Civil? Dilma para o Ministério da Defesa? Defesa, já que ela é mandona e uma arma poderosa conhecida".
Segundo Dirceu, sua prioridade é reverter as condenações contra ele na Justiça, em especial as sobre a Operação Lava Jato. Justamente pelas pendências na Justiça, o ex-ministro disse que não poderia assumir um cargo público, tanto por nomeação quanto por votos.
Apesar disso, Dirceu é uma figura importante nos bastidores para Lula. Segundo a coluna de Bela Megale, os dois petistas tinham chamadas de vídeo semanais no ano passado para discutir o cenário das eleições de 2022.
Intenção de votos
Mesmo sem o anúncio formal de sua candidatura à presidência, o petista liderou com folga todos os cenários eleitorais simulados pelas duas pesquisas de opinião divulgadas nesta semana: a Modalmais/Futura Inteligência, publicada na quarta-feira (26), e a XP/Ipespe, divulgada na quinta (27). Em ambas as pesquisas — que abordam a corrida eleitoral pela Presidência da República em 2022 —, os cenários de primeiro turno tiveram o presidente Jair Bolsonaro (PL) em segundo lugar. Lula ficou em primeiro em todas as simulações de segundo turno.
As candidaturas da chamada terceira via apresentam considerável diferença de intenção de votos em relação aos dois primeiros colocados. Nos dois levantamentos, Sergio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT) disputam a terceira colocação em situação de empate técnico.
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