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Lula parabeniza Partido Socialista por eleição em Portugal: Grande vitória

8.dez.2021 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em discurso - Carla Carniel/Reuters
8.dez.2021 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em discurso Imagem: Carla Carniel/Reuters

Do UOL, em São Paulo

31/01/2022 12h55Atualizada em 31/01/2022 13h20

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou hoje o primeiro-ministro socialista português, António Costa, e o Partido Socialista por conquistarem a maioria absoluta nas eleições legislativas antecipadas, em Portugal. A vitória nas urnas por maioria permitirá que Costa governe sozinho, de acordo com os resultados oficiais.

"Quero parabenizar o @psocialista [Partido Socialista] e o Primeiro-ministro @antoniocostapm pela grande vitória nas eleições em Portugal", começou.

"Toda a sorte para o Primeiro-ministro na continuidade do trabalho que tem feito na nossa nação irmã portuguesa", completou o petista.

Os socialistas conseguiram 117 das 230 cadeiras do Parlamento, seguidos por 71 do Partido Social-Democrata (PSD, de direita), contrariando as pesquisas que projetavam uma disputa apertada.

Com o resultado, Costa não dependerá mais dos dois partidos da esquerda radical que o apoiaram a partir de 2015 — mas abandonaram a coalizão em outubro, o que forçou a convocação de eleições antecipadas — e poderá formar um governo apenas com o Partido Socialista (PS).

Quatro cadeiras no Parlamento ainda serão definidas nos próximos dias pelos votos emitidos no exterior.

"Uma maioria absoluta não é poder absoluto, governar de maneira solitária... é uma responsabilidade maior", declarou Costa na sede de seu partido.

"As condições foram criadas para fazer investimentos e reformas, para que Portugal seja mais próspero, justo e inovador", acrescentou.

O resultado contraria a tendência de outros países europeus, como Grécia e França, donde os socialistas perderam força eleitoral.

O UOL procurou o Itamaraty e a Secretaria Especial de Comunicação Social do Governo Federal para saber se eles se manifestaram ou pretendem se pronunciar sobre a eleição portuguesa, mas não teve retorno até a última atualização desta matéria. Em caso de resposta, a matéria será atualizada com o posicionamento.

Extrema-direita em alta

Esperando surpreender, a principal força da oposição, o PSD de Rui Rio, ex-prefeito do Porto, de 64 anos, ficou em segundo lugar com 71 cadeiras.

O partido que avançou de maneira expressiva foi o Chega, de extrema-direita, que virou a terceira força eleitoral, passando de apenas uma cadeira para 12 representantes no Parlamento.

"Tudo vai ser diferente no Parlamento", declarou o líder do partido, André Ventura, ex-comentarista esportivo.

"De agora em diante não haverá oposição branda. Assumiremos o papel de ser a verdadeira oposição aos socialistas... e de restaurar a dignidade neste país", acrescentou Ventura.

Eleições

O primeiro-ministro socialista Costa expressa orgulho por ter "virado a página da austeridade orçamentária" aplicada pela direita após a crise financeira mundial com a aliança histórica formada em 2015 com os partidos da esquerda radical, Bloco de Esquerdas e os comunistas.

Mas, quando o governo minoritário também almejava "virar a página da pandemia" com uma taxa de vacinação recorde e a liberação dos fundos de estímulo econômico europeus, seus aliados rejeitaram o projeto de orçamento para 2022, o que provocou a convocação de eleições antecipadas.

Quando a data da votação foi anunciada há três meses, o PS tinha 13 pontos de vantagem nas pesquisas sobre o PSD.

Mas nas últimas semanas, os institutos de pesquisas previam um "empate técnico".

"Espero que todos sintam-se seguros para votar", declarou Costa, que votou no fim de semana passado, como também fizeram 300 mil eleitores, em uma votação antecipada organizada por causa da crise de saúde.

*Com informações da AFP