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Ciro diz que quer debater com Bolsonaro e que pode ser até no cercadinho

Ciro Gomes (PDT), pré-candidato à presidência em 2022 - ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO
Ciro Gomes (PDT), pré-candidato à presidência em 2022 Imagem: ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

01/02/2022 23h03

O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, disse hoje que quer debater com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Para o pedetista, o encontro pode ser em qualquer veículo de comunicação, ou até mesmo no "cercadinho", e com o mediador que o atual chefe do Planalto escolher.

"Bolsonaro, eu quero debater com você. Pode ser na TV Brasil, que você manda nela, pode ser na Jovem Pan. Escolha aí o mediador que você quiser. Ou tive até uma ideia: estou pensando em pedir permissão para ir no cercadinho. Quem sabe se você me receber no cercadinho a gente possa trocar umas ideias sobre desemprego, inflação, o excesso de mortes de covid no Brasil, as maluquices que você tem feito e que têm causado muito mal ao povo brasileiro", sugeriu Ciro.

A sugestão foi feita em um vídeo compartilhado pelo pedetista nas redes sociais. Na nova série de publicações, Ciro reage e comenta vídeos, entrevistas e falas de outros presidenciáveis, o que já fez com Sergio Moro (Podemos) e, agora, Bolsonaro.

O pré-candidato do PDT também ironizou um vídeo em que o presidente da República aparece comendo frango com farofa, com a comida espalhada pelas calças e pelo chão enquanto come com as mãos. Inicialmente compartilhado pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD), a publicação foi excluída após repercussão negativa.

O vídeo foi interpretado como uma tentativa falha de mostrar o presidente como um "homem do povo". O conteúdo foi publicado horas após a notícia de que Bolsonaro gastou quase R$ 30 milhões no cartão corporativo até dezembro do ano passado - valor que ultrapassa o que foi usado pelos ex-presidentes Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) em quatro anos de gestão.

Para Ciro, o vídeo é uma "fake news" e o classificou como "vergonha e vexame". Isso porque ele explica que, ao redor do presidente, há um grande aparato, como câmeras, o que mostraria que a cena foi montada para passar uma certa imagem.

"Do lado dele está todo um aparato de televisão, de câmara e um diretor, que é o tal do Carluxo [Carlos Bolsonaro], filho dele, que é o cara que se mete a marqueteiro. Agora, é muito mais grave que a falta de decoro, de compostura. Sabe o que ele está pretendendo com isso? Parecer ser simples, que é popular, que é do povo. Bolsonaro, o nosso povo é simples, mas não é metido a porco, não. Nosso povo tem modos à mesa, se comporta, procura dar lições de higiene, de organização", analisou.