Deputada e associação interpelam Bolsonaro por atacar servidores da Anvisa
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e a Univisa (Associação dos Servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitário) acionaram a Justiça para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) preste esclarecimentos sobre os ataques aos servidores da Anvisa.
Em dezembro do ano passado, quando o órgão autorizou a aplicação da vacina da Pfizer contra covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, Bolsonaro disse que queria os nomes dos integrantes da Anvisa responsáveis pela aprovação.
"Eu pedi extraoficialmente o nome das pessoas que aprovaram a vacina para 5 a 11 anos. Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas", admitiu, durante transmissão ao vivo.
"Além da gravidade, por si só, do desestímulo à vacinação, as falas do Interpelado atingem diretamente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA e seus servidores. Ora,se o Presidente da República tem qualquer conhecimento quanto aos supostos interesses escusos na liberação da vacinação infantil, deve, então, expor de forma concreta e com provas as irregularidades que insinua", diz trecho do documento, divulgado pelo site Metrópoles.
A deputada e a associação pedem que Bolsonaro preste esclarecimentos sobre suas declarações - como ter dito que havia interesses escusos por trás da autorização -, e, caso não consiga comprovar as alegações, se retrate.
Servidores relatam insegurança
Diante da enxurrada de ameaças de negacionistas e antivacinas a colegas de trabalho, um servidor da Anvisa decidiu construir um muro no entorno da própria casa, em Brasília. Apesar de morar em um condomínio fechado — com serviço de segurança 24 horas —, ele acredita que assim poderá reforçar sua proteção.
"Aumentou a sensação de insegurança", afirma o profissional concursado ao TAB, que há 15 anos faz parte da equipe da autarquia responsável por regulamentar e fiscalizar no Brasil a produção e o consumo de medicamentos e vacinas.
No início de 2022, fiscais da Anvisa foram hostilizados no porto de Santos enquanto trabalhavam. De acordo com a Univisa, "um grupo entoava um coro com palavras de baixo calão em relação à Anvisa, o que certamente tem relação com o clima de animosidade incentivado por algumas autoridades". O motivo da represália teria sido a recomendação de suspensão definitiva da temporada de cruzeiros no Brasil, anunciada em 12 de janeiro.
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