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Bolsonaro diz que não vai regular mídia ou revogar reforma trabalhista

2.fev.22 - Bolsonaro em discurso na abertura das atividades do Congresso - Marina Ramos/Câmara dos Deputados
2.fev.22 - Bolsonaro em discurso na abertura das atividades do Congresso Imagem: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

Rafael Neves

Do UOL, em Brasília

02/02/2022 17h18Atualizada em 02/02/2022 17h52

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez ataques indiretos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em discurso na abertura dos trabalhos do Congresso, hoje à tarde. Aos parlamentares, Bolsonaro afirmou que não vai fazer regulação da mídia ou revogar reforma trabalhista, pautas atribuídas ao petista. No caso da regulação da mídia, a fala também foi um recado ao Judiciário, que tem adotado medidas de combate às fake news.

"Os senhores nunca me verão vir aqui nesse parlamento pedir para regulação da mídia e da internet. Eu espero que isso não seja regulamentado por qualquer outro poder. A nossa liberdade acima de tudo", afirmou Bolsonaro na mensagem aos congressistas.

"Não deixemos que qualquer um de nós, quem quer que seja que esteja no Planalto Central, ouse regular a mídia, não interessa por que, por qual intenção e objetivo", continuou o presidente, em outra alfinetada ao provável adversário nas urnas em outubro.

As declarações foram feitas ao final de um pronunciamento no qual Bolsonaro enumerou medidas do governo nos três primeiros anos de mandato, em diversas áreas. O discurso havia sido escrito previamente, mas os trechos sobre a regulação da mídia não estavam no material.

Também foi de improviso que o presidente afirmou que não revogaria a reforma trabalhista aprovada pelo Congresso em 2017, durante o governo Temer. "Também nunca virei aqui para anular a reforma trabalhista aprovada por este Congresso. Afinal, os direitos trabalhistas continuam intactos no artigo 7 da Constituição", disse Bolsonaro a deputados e senadores.