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Cotado para ser vice de Lula, Alckmin deve se filiar ao PSB, diz dirigente

Alckmin vê filiação ao PSB como "caminho natural", disse Jonas Donizette - Reprodução/Facebook/Jonas Donizette
Alckmin vê filiação ao PSB como 'caminho natural', disse Jonas Donizette Imagem: Reprodução/Facebook/Jonas Donizette

Do UOL, em São Paulo

02/02/2022 08h02

O ex-prefeito de Campinas (SP) e presidente do diretório paulista do PSB, Jonas Donizette, disse que há "grande probabilidade" de que o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) se filie à legenda em março. Os dois estiveram reunidos na segunda-feira (31).

Em entrevista à rádio CBN de Campinas, Donizette disse que pode perceber que a cabeça do ex-tucano "está mais voltada para o cenário nacional". Alckmin é cotado para ser vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais deste ano.

"As palavras do governador Alckmin é que o caminho natural dele seria vir para o PSB. O que pega nesse momento é a disputa justamente para o governo de São Paulo. O PSB tem uma candidatura, que é do ex-governador Márcio França, que sucedeu o Alckmin (...) O ex-prefeito paulistano [Fernando] Haddad [PT] também tem esse desejo. Eu acho que o governador Alckmin quer esperar a poeira baixar, mas eu disse a ele que eu acho que é uma situação meio irreversível a gente ter as duas candidaturas", explicou Donizette.

O ex-prefeito de Campinas lembrou que Alckmin deixou o ninho tucano depois de 33 anos após desavenças com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). A relação, estremecida desde 2018 com o BolsoDoria, piorou quando o atual governador levou seu vice, Rodrigo Garcia, do DEM para o PSDB com o objetivo de postulá-lo como candidato ao governo.

"Ele [Alckmin] é um homem de poucas palavras, não fica rebuscando muito isso, mas a verdade é que ele foi o criador do João Doria e depois, como costuma acontecer com uma frequência indesejável na política, criatura se voltou contra o criador", resumiu.

A chapa com Lula também foi pauta da reunião. Segundo o dirigente, o ex-governador é uma pessoa reservada, mas acredita que o assunto está "bem encaminhado".

"Perguntei se ele está confortável com essa situação porque os dois já foram adversários no passado e ele me disse claramente que as pessoas mais humildes têm uma aceitação maior. Já aquele eleitorado que tem alguma diferença, especialmente com o PT, torce um pouco o nariz. Mas eu sinto ele bastante confortável com essa situação sendo encaminhada", disse Donizette.

O ex-prefeito acredita que a situação ficará mais definida a partir de março, quando Alckmin se filiar a uma nova legenda.