Humberto Costa confirma apoio do PT ao PSB e abre mão da candidatura em PE
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), confirmou hoje que abriu mão da pré-candidatura ao governo de Pernambuco.
Um aceno ao PSB, a decisão tem como objetivo facilitar uma federação partidária em torno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato petista à Presidência da República.
"Estive hoje numa conversa muito positiva com Lula e a companheira Gleisi. Por uma construção coletiva, por uma aliança nacional contra esse fascismo encarnado por Bolsonaro, retiramos a nossa candidatura em Pernambuco num gesto político ao PSB.
Mais cedo, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), já havia anunciado a retirada da pré-candidatura de Costa ao governo de Pernambuco.
"Mesmo liderando as pesquisas, companheiro senador Humberto Costa abriu mão de disputar o governo de Pernambuco para unificar as forças populares no Estado e no Brasil, para derrotar Bolsonaro e seus retrocessos. Grandeza política e desprendimento que saudamos hoje em encontro com Lula", afirmou Gleisi.
No Maranhão, o PT decidiu no início desta semana apoiar Carlos Brandão (PSDB), vice-governador escolhido por Flávio Dino (PSB) para sua sucessão. Brandão deixará o PSDB e se filiará ao PSB.
Diálogos continuam
Em nota divulgada no início desta semana, PT, PSB, PC do B e PV afirmaram que devem continuar trabalhando para firmar federação partidária em 2022. Nova reunião deve ser realizada em 9 de fevereiro.
Para fechar a federação, o PSB quer que o PT apoie seus candidatos em ao menos mais seis Estados:
- São Paulo;
- Rio Grande do Sul;
- Espírito Santo;
- Rio de Janeiro; e
- Acre.
O Estado mais problemático é São Paulo, onde o PT quer a candidatura de Fernando Haddad.
O PSB, por sua vez, só deve retirar a candidatura de Márcio França (que concorrerá com Haddad se não houver acordo com o PT) se o ex-governador Geraldo Alckmin resolver se filiar à sigla para disputar ao governo do Estado.
Alckmin se articula para concorrer ao Planalto como vice de Lula.
No Rio, o PT deve declarar apoio ao deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ). Com relação aos outros Estados, os partidos discutem adotar o critério de quem estará mais bem colocado nas pesquisas de intenção de voto.
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