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Flávio diz que tenta aproximar União Brasil e Bolsonaro para eleições

5.jan.2018 - O então deputado Jair Bolsonaro e o presidente do PSL, Luciano Bivar - Divulgação/PSL
5.jan.2018 - O então deputado Jair Bolsonaro e o presidente do PSL, Luciano Bivar Imagem: Divulgação/PSL

Do UOL, em São Paulo

08/02/2022 16h14

Flávio Bolsonaro, senador (PL) e filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), deve ser peça-chave na campanha do pai nas eleições de 2022. Em entrevista hoje à Jovem Pan, o senador disse que está indo atrás de uma reconciliação entre Bolsonaro e o PSL —atualmente em fusão com o DEM para formar o União Brasil e partido que o presidente integrava em 2018 quando foi eleito.

"Estou buscando costurar a reaproximação, para que o União Brasil esteja dentro da coligação oficial do presidente Bolsonaro, o cenário é bastante animador", disse. "O PSL ficou desse tamanho por causa do presidente Bolsonaro, da grande onda que foi 2018", afirmou, mas não citou os problemas do chefe do Executivo com o todo-poderoso do PSL, Luciano Bivar.

O filho de Bolsonaro falou que o fundo monetário do PL é "bastante razoável", mas "insuficiente para a campanha presidencial que faremos". Assim, as conversas de coalizão com o PTB e Republicanos também servem para "dar o tempo de televisão que o presidente Bolsonaro necessitará".

À frente da coordenação da campanha do pai, Flávio previu que as "rejeições que são apontadas ao presidente Bolsonaro tendem a diminuir bastante" ao longo do ano. Atualmente, Bolsonaro aparece nas pesquisas de intenções de voto em segundo lugar, atrás do ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT).

Bivar X Bolsonaro

Apesar das expectativas de Flávio, o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE) revelou ao UOL Entrevista, em dezembro, que considera juntar o PSDB, MDB, Podemos e União Brasil (PSL e DEM) nas eleições de 2022, para formar uma chapa unificada da terceira via —alternativa a eleitores decepcionados com Bolsonaro e Lula.

Na conversa, Bivar não falou considerar união com o PL, atual sigla de Bolsonaro, que deixou rusgas no PSL com sua saída. De acordo com o deputado, a legenda foi contra a "ameaça de Estado de Direito" propagada por Bolsonaro.

"Fiquei muito preocupado. Via internamente indícios de que isso podia atingir a democracia. Tudo o que a gente tem na vida política para você desenvolver uma sociedade é uma democracia dentro de um Estado de Direito. Fora disso, é barbaria, negação científica no Direito", disse Bivar.

O deputado federal chegou a citar a ascensão do nazismo na Alemanha ao falar do atual "momento difícil da vida política brasileira". Ele disse não querer que o país volte a um "estado de exceção".