Hang diz que apoiará Bolsonaro, e não Moro: 'Estou 100% com o governo'

O empresário bolsonarista Luciano Hang negou apoio ao pré-candidato à Presidência, Sergio Moro (Podemos). Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, ele disse que segue "100% ao lado do governo".

Hang é um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas virou alvo de bolsonaristas em dezembro de 2021 após elogiar a atuação de Moro na Operação Lava Jato. Ex-ministro da Justiça do governo, Moro pediu demissão em abril de 2020 por desentendimentos com Bolsonaro.

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Na versão do ex-magistrado, o chefe do Executivo federal tentou interferir no comando da Polícia Federal, algo que Moro não teria aceitado. O presidente nega.

Estou 100% do lado do governo. A transparência do Bolsonaro é tão grande que as pessoas não estavam acostumadas. As pessoas estavam acostumadas com o politicamente correto. Hoje, está mudando. As redes sociais dominam a cabeça das pessoas. As pessoas acreditam mais do que naquilo que apresentava a grande mídia.
Luciano Hang em entrevista ao Pânico

O empresário, dono das lojas Havan, disse que as eleições de 2022 são "a guerra das guerras" e que mudará sua vida baseado no resultado das urnas.

"Se vencermos, temos certeza que vamos fazer grandes mudanças a partir de 2023. A Havan cresceu durante décadas para chegar onde chegamos, ano que vem a Havan não tem nada programado. Vamos esperar o que vai acontecer nas eleições. Vou mudar a minha vida baseado nas eleições", afirmou, sem detalhar as mudanças.

Ao Pânico, Luciano Hang não negou interesse em disputar uma vaga no Senado por Santa Catarina, mas reclamou da necessidade de se filiar a um partido.

"Sinceramente, acordo de um jeito e vou dormir de outro. O único partido que eu não iria são os de extrema-esquerda. É lamentável que você precise de um partido para se candidatar. Muitos políticos hoje precisam de um partido, mas não é o da ideologia dele", disse. "Estou conversando, não está descartada a possibilidade de eu talvez ser candidato, mas tenho até dia 2 de abril e vou esperar até o último momento. Estou pensando, estou com os pés nas duas canoas. Gostaria de ajudar mais o país do que já tenho certeza que ajudo".