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Jaques Wagner diz que PT não é 'partido de santos' e defende transparência

 O ex-ministro da Casa Civil defende transparência pública para evitar o que chamou de "desvios de conduta" - Roque de Sá/Agência Senado
O ex-ministro da Casa Civil defende transparência pública para evitar o que chamou de "desvios de conduta" Imagem: Roque de Sá/Agência Senado

Colaboração para o UOL*

09/02/2022 17h11Atualizada em 09/02/2022 17h11

O senador Jaques Wagner (PT-BA) admitiu, em entrevista à CNN Brasil hoje, que seu partido não é formado por "santos". O ex-ministro da Casa Civil disse que defende transparência pública para evitar o que chamou de "desvios de conduta".

"Se você me perguntar se o PT é um partido de 'santos', não. Onde se junta ser humano e dinheiro tem sempre um risco. Por isso que defendo transparência. A única forma de se garantir que não tenha desvio de conduta é com controle social, transparência."

Gleisi Hoffmann, Franklin Martins, Delúbio Soares, José Dirceu. A pré-campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto conta com antigos aliados e auxiliares que acompanharam o petista durante os seus governos e saíram chamuscados da Presidência ou da linha de frente da base aliada no Congresso. Em comum, todos foram investigados pela Justiça durante e depois dos mandatos do PT. No caso mais emblemático, Dirceu foi condenado no mensalão e na Lava Jato.

Vitória no 1º turno?

Durante a entrevista, Jaques Wagner também pediu cautela na expectativa de vitória de Lula na disputa pela Presidência este ano, em meio às pesquisas que mostram o petista isolado na liderança.

"Acho que a aposta que temos que fazer é de ganhar as eleições. Você pode ser levado ao 2º turno por dois votos, três votos, dez votos. É impossível, a não ser que abra demais a frente, garantir que vai ganhar no 1º turno. Prefiro dizer que a trajetória das pessoas mostra solidificação de Lula, apesar que eu digo sempre que a eleição começa a ser pensada na cabeça da população quando começa a novela, o programa eleitoral."

Wagner pediu compreensão do mercado financeiro em relação a um eventual governo Lula. "Ele é sensível, conciliador, mestre na arte de articular e costurar entendimento e é extremamente pragmático, não se move ideologicamente. Vai ter foco no social, não pode ser diferente. Quem conhece o Lula de 2003 até 2010 sabe que ele não é de dar 'cavalo de pau'."

Lula lidera em nova pesquisa

Pesquisa da Genial Investimentos e Quaest Consultoria divulgada hoje aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança nas intenções de voto para a Presidência no 1º turno com 45% — assim como a pesquisa anterior do mesmo instituto, divulgada no dia 12 de janeiro. Além disso, o petista também aparece como vencedor em todos os cenários de 2º turno testados.

No cenário 1, com mais candidatos, a soma de todos os adversários de Lula é de 42%, o que deixa o petista com a possibilidade de vitória no primeiro turno —na margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, Lula teria entre 47% e 43% das intenções de voto, e os adversários somados, de 44% a 40%.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) também se manteve estável e aparece em segundo lugar com 23% na pesquisa estimulada —quando os nomes dos candidatos são apresentados aos eleitores. O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT) empatam com 7%, no terceiro lugar, ambos oscilando na margem de erro em comparação com a pesquisa anterior.

A lista segue com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o deputado federal André Janones (Avante), com 2% cada um. Já a senadora Simone Tebet (MDB) tem 1%. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e Luiz Felipe D'Ávila (Novo) não pontuaram. Brancos e nulos são 8% e indecisos somam 5%.

A pesquisa ouviu 2.000 pessoas, entre os dias 3 e 6 de fevereiro. O índice de confiança, segundo o instituto, é de 95%. A pesquisa foi contratada pelo Banco Genial e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-08857/2022.

*Com informações do jornal O Estado de S.Paulo