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Maierovitch: Quem compara nazismo com comunismo precisa voltar para escola

Do UOL, em São Paulo

10/02/2022 13h43Atualizada em 10/02/2022 14h00

Para o jurista Wálter Maierovitch, colunista do UOL, o presidente Jair Bolsonaro (PL) agiu com "oportunismo de campanha" ao equivaler o nazismo ao comunismo, já que não é possível colocar ambas as ideologias em pé de igualdade.

"A doutrina do comunismo não prega a exterminação de ninguém, não proclama a superioridade de raça alguma", diferente do nazismo, disse o jurista ao UOL News - Tarde, programa do Canal UOL.

É absurdo comparar isso. É coisa de gente que não tem conhecimentos mínimos e afrontam todos os livros. Deveriam voltar para a escola, começando lá do curso primário. Wálter Maierovitch, colunista do UOL

Nas redes sociais, Bolsonaro escreveu na noite de ontem que "a ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita, sem ressalvas que permitam seu florescimento".

Em seguida, Bolsonaro completou a postagem dizendo que "é de nosso desejo" que organizações que "também dizimaram milhões de inocentes, como fez o comunismo, sejam combatidas por nossas leis".

A fala de Bolsonaro veio após Bruno Aiub, o Monark, hoje ex-apresentador do podcast "Flow", defender, na última segunda-feira (7), a existência de partidos nazistas no Brasil, tendo em vista que "a esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical", segundo opinou.

Já ontem, Adrilles Jorge, agora ex-comentarista da Jovem Pan, ao falar sobre o caso de Monark, fez uma suposta saudação nazista ao vivo, algo que posteriormente negou. Na ocasião, ele também equiparou o comunismo à ideologia de extrema-direita.

No Brasil, é considerado crime fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas e objetos de divulgação do nazismo, conforme o artigo 1º da Lei 7.716/89.

Caso seja caracterizado o ato de divulgar ou comercializar materiais com ideologia nazista, a pena pode variar entre um a três anos de prisão e multa.