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Lira diz que Bolsonaro deveria ter se vacinado: 'A fila já rodou'

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara - Sérgio Lima/Poder 360
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara Imagem: Sérgio Lima/Poder 360

Do UOL, em São Paulo

15/02/2022 08h06Atualizada em 15/02/2022 12h37

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), já deveria ter se vacinado contra a covid-19 porque os imunizantes fornecidos à população brasileira são viabilizados através do governo federal.

Se o presidente se convencer de que ele contribuiu muito nisso tudo [da compra de vacinas], o que ele pensa para ele em si tem que ficar guardado para ele. Ele sempre disse que seria o último da fila. Acho que a fila já rodou e minha opinião é que ele já deveria ter optado por se vacinar.
Arthur Lira ao jornal Valor Econômico

Para o presidente da Câmara, Bolsonaro tem sido orientado a seguir com a opinião dele, no entanto, continuar não imunizado representa um "antagonismo gigantesco" com a ação do governo.

"Essa questão de vacina é um antagonismo gigantesco [sic]. O governo comprou 430 milhões de doses, não teve dose comprada por governador ou prefeito. Quem pagou foi o governo federal. Ele tem sido aconselhado a ter o pensamento dele, mas o governo dele [precisa] agir diferente, porque o governo fez diferente."

O presidente Jair Bolsonaro já afirmou que ainda vai decidir se irá tomar a vacina contra a covid-19. Segundo ele, os líderes devem priorizar a população e serem os últimos a se vacinar. Sua posição destoa do que vem acontecendo com líderes de outros países.

Até ontem o Brasil já registrou mais de 153 milhões de habitantes com vacinação completa contra a covid-19, como mostra o boletim divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. Ao todo, 153.038.661 brasileiros foram vacinados com a segunda dose ou a dose única, o correspondente a 71,24% da população do país. Os dados foram obtidos junto às secretarias estaduais de saúde.

Campanha para reeleição de Bolsonaro

Próximo do chefe do Executivo, Lira declarou que irá fazer campanha com o nome de Bolsonaro para a reeleição do presidente em 2022.

"Acho que é coerente. Meu partido dá apoio, o presidente nacional da minha legenda é ministro da Casa Civil. Na democracia, você tem que ter posicionamentos. Não pode ser frágil das situações momentâneas. Onde o governo está errando, a nossa obrigação é fazer com que acerte", afirmou.

Lira também disse acreditar que o presidente não ganhará majoritariamente no Nordeste, mas é possível aumentar o número de votos na região, campo forte de disputa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Ele [Bolsonaro] acertando, a população toda se atende com isso. Esse jogo ainda esquenta. Dificilmente o presidente Bolsonaro ganhará no Nordeste, mas pode diminuir a diferença. Nunca tive posições de covardia, nunca fui de me esconder atrás de cortina para não ter posição clara."