Haddad: França que sugeriu definir candidato por pesquisa; petista lidera
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse, em entrevista ao UOL News hoje, que foi o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) quem sugeriu o desempenho dos pré-candidatos nas pesquisas de intenção de voto como critério para a escolha do representante do grupo que envolveria PT, PSB, PSOL e eventualmente outros partidos de esquerda, como PV e PC do B, para a disputa do governo paulista.
"Foi sugestão de Márcio França. Eu dei outra sugestão, de prévias envolvendo todos os partidos que pretendem se federar. A impressão que dá é que está querendo se ganhar tempo apenas em virtude da janela [partidária] em março, e há muita instabilidade", avaliou o petista.
Haddad estima que a decisão sobre quem irá representar o grupo aconteça entre 10 e 15 de março, quando a janela partidária estará aberta. "O mais importante é saber quem tem efetivamente condições de ir ao segundo turno para disputar com a direita e extrema-direita, tanto o governo estadual como o federal."
Pesquisa Datafolha divulgada em dezembro mostra que, no cenário sem o também ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) na disputa pelo governo do Estado, Haddad lidera com 28% das intenções de voto, seguido por Márcio França, com 19%, e Guilherme Boulos (PSOL), com 11%.
Com índices mais baixos ficaram: Tarcísio de Freitas (sem partido) com 7%, Rodrigo Garcia (PSDB), com 6%, Arthur do Val (Podemos), com 3%, Abraham Weintraub (Brasil 35), com 1%, e Vinicius Poit (Novo), 1%. Brancos ou nulos somam 21% e indecisos são 4%.
"Não há necessidade de ceder, nunca pediríamos para o Márcio França abrir mão de sua candidatura. Em caso de federação, ela estabelece os critérios para escolher o representante. Mas em caso de não federação, estamos mantendo conversas normalmente", completou o petista.
O UOL entrou em contato com a assessoria de Márcio França e aguarda um retorno para atualizar este texto.
Lula-Alckmin
Durante a entrevista, Fernando Haddad também avaliou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin se complementariam em uma eventual chapa. "O Alckmin conversa com um público muito diferente do Lula, até porque tem trajetória política diferente."
O ex-prefeito de São Paulo pregou cautela sobre o discurso de favoritismo de Lula. "Uma coisa é trabalhar para ganhar, outra coisa é dar como favorito; acho um erro isso. Eu vivi na pele o que é o bolsonarismo na campanha. É uma força do mal extraordinária. São capazes de coisas que todo o mundo duvida."
A fala de Haddad vai ao encontro do que foi dito pelo senador Jaques Wagner (PT), em entrevista ao jornal O Globo, publicada ontem. "Vamos botar a sandalhinha da humildade. Botar os argumentos na cabeça. Muita gente no PT fala que tem que bater no presidente (Bolsonaro). Por mim, eu nem toco o nome dele. O que ele tem ruim já está consolidado."
Veja a entrevista completa, análises de Josias de Souza e Jamil Chade e mais no UOL News:
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