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Após desistência de ex-ministro, diretor-geral do TSE decide ficar no cargo

Vista do TSE - Daniel Teixeira/Estadão
Vista do TSE Imagem: Daniel Teixeira/Estadão

Colaboração para o UOL, em Brasília

16/02/2022 20h26

O atual diretor-geral do TSE, Rui Moreira, aceitou hoje continuar no cargo na próxima gestão. O convite foi feito pelo ministro Edson Fachin, que assume a presidência do tribunal na segunda-feira (22).

TSE anunciou hoje que ex-ministro do Governo Bolsonaro não assumirá mais a diretoria-geral - Reprodução/Flickr Ministério da Defesa - Reprodução/Flickr Ministério da Defesa
TSE anunciou hoje que ex-ministro do Governo Bolsonaro não assumirá mais a diretoria-geral
Imagem: Reprodução/Flickr Ministério da Defesa

O general da reserva Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, comunicou ontem sua decisão de desistir de assumir cargo na Corte eleitoral por "motivos pessoais". Azevedo seria responsável pelo funcionamento administrativo do tribunal e pela secretaria de tecnologia do órgão.

O nome de Azevedo era uma aposta dos ministros do STF Edson Fachin e Alexandre de Moraes, que vão presidir o TSE em 2022, para aumentar a interlocução da Corte eleitoral com as Forças Armadas em ano eleitoral.

Desistência antes de divulgação

O general Azevedo comunicou a desistência um dia antes de TSE divulgar todas as respostas que deu às Forças Armadas em defesa da urna eletrônica.

A divulgação vai contra um pedido das Forças Armadas para que o material fosse mantido em segredo.

De acordo com a Corte eleitoral, a decisão de tornar público o material foi tomada, em conjunto, pelos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

"Levou-se em conta que as informações prestadas às Forças Armadas a respeito do processo eletrônico de votação são de interesse público e não impactam a segurança cibernética da Justiça Eleitoral."

O presidente Jair Bolsonaro tem feito reiterados ataques às urnas, levantando dúvidas sobre a segurança do equipamento. No ano passado, o presidente chegou a pressionar pela aprovação da PEC do Voto Impresso, proposta que foi rejeitada pelo Congresso Nacional.