Após desistência de ex-ministro, diretor-geral do TSE decide ficar no cargo
O atual diretor-geral do TSE, Rui Moreira, aceitou hoje continuar no cargo na próxima gestão. O convite foi feito pelo ministro Edson Fachin, que assume a presidência do tribunal na segunda-feira (22).
O general da reserva Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, comunicou ontem sua decisão de desistir de assumir cargo na Corte eleitoral por "motivos pessoais". Azevedo seria responsável pelo funcionamento administrativo do tribunal e pela secretaria de tecnologia do órgão.
O nome de Azevedo era uma aposta dos ministros do STF Edson Fachin e Alexandre de Moraes, que vão presidir o TSE em 2022, para aumentar a interlocução da Corte eleitoral com as Forças Armadas em ano eleitoral.
Desistência antes de divulgação
O general Azevedo comunicou a desistência um dia antes de TSE divulgar todas as respostas que deu às Forças Armadas em defesa da urna eletrônica.
A divulgação vai contra um pedido das Forças Armadas para que o material fosse mantido em segredo.
De acordo com a Corte eleitoral, a decisão de tornar público o material foi tomada, em conjunto, pelos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.
"Levou-se em conta que as informações prestadas às Forças Armadas a respeito do processo eletrônico de votação são de interesse público e não impactam a segurança cibernética da Justiça Eleitoral."
O presidente Jair Bolsonaro tem feito reiterados ataques às urnas, levantando dúvidas sobre a segurança do equipamento. No ano passado, o presidente chegou a pressionar pela aprovação da PEC do Voto Impresso, proposta que foi rejeitada pelo Congresso Nacional.
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