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Cidadania e PSDB fecham acordo para federação nas eleições

Governador de São Paulo, João Doria, é o pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB - Lucas Valença/UOL
Governador de São Paulo, João Doria, é o pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB Imagem: Lucas Valença/UOL

Carla Araújo

Do UOL, em Brasília

19/02/2022 15h33

O Diretório Nacional do Cidadania decidiu hoje, em votação, que seguirá para a eleição nacional de 2022 junto com o PSDB. Os presidentes dos dois partidos, Roberto Freire e o tucano Bruno Araújo, vinham costurando o acordo em torno do nome do governador paulista João Doria como candidato à Presidência da República.

Este é o primeiro movimento formal de apoio de um partido na decisão do xadrez eleitoral para o Planalto em 2022. Conversas dos tucanos seguem com União Brasil e MDB.

Com a criação das federações, válidas a partir da eleição deste ano, os partidos que decidirem se unir terão a obrigação de permanecerem juntos durante os quatro anos de mandato tanto nas eleições majoritárias (presidente, governador), quanto nas proporcionais (deputados).

De acordo com decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), as legendas têm até o dia 31 de maio para registrar federações.

A decisão

Foram 56 votos a favor da união com os tucanos, 47 por uma aliança com o PDT e 7 abstenções. A possibilidade de se federar com o Podemos nem sequer avançou para o segundo turno da votação.

Embora a legenda tenha mantido a pré-candidatura do senador Alessandro Vieira (SE) ao Palácio do Planalto, a decisão pode afetar suas pretensões, já que na pesquisa PoderData da última quarta-feira (16) ele aparece com apenas 1% das intenções de voto.

7.fev.2019 - Senador Alessandro Vieira (PPS-SE) durante sessão no plenário - Pedro França/Agência Senado - Pedro França/Agência Senado
Senador Alessandro Vieira (Cidadania) deve deixar a briga pelo Planalto
Imagem: Pedro França/Agência Senado

"A minha pré-candidatura foi mantida por unanimidade e a opção pela tentativa de federação com o PSDB atingiu o número mínimo de votos", disse o senador ao Estado de S. Paulo.

De acordo com Vieira, a negociação para decidir quem será o candidato da federação "virá mais adiante", enquanto a assessoria de Doria disse, em nota, que o acordo foi costurado em torno do nome do governador paulista.

Se o PSDB também fechar acordo com o MDB, o destino da senadora Simone Tebet (MS) também poderá mudar. Pré-candidata da legenda ao Planalto, ela não pontuou na pesquisa do PoderData.

Nesse caso, os tucanos cogitam oferecer a ela a vaga de vice, embora o MDB também possa reivindicar a cabeça de chapa se Doria não deslanchar nas pesquisas. O governador tem 3% das intenções de voto, segundo o PoderData.

A senadora Simone Tebet em entrevista para o Roda Viva - Reprodução - Reprodução
A senadora Simone Tebet (MS) é pré-candidata à presidência pelo MDB
Imagem: Reprodução

Lula lidera pesquisa

Na pesquisa PoderData, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida presidencial, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo ex-juiz Sergio Moro (Podemos). A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Confira o cenário da pesquisa PoderData:

Lula (PT): 40%
Jair Bolsonaro (PL): 31%
Sergio Moro (Podemos): 9%
Ciro Gomes (PDT): 4%
João Doria (PSDB): 3%
André Janones (Avante): 2%
Rodrigo Pacheco (PSD): 1%
Alessandro Vieira (Cidadania): 1%
Simone Tebet (MDB): 0%
Luiz Felipe d'Avila (Novo): 0%
Brancos/nulos: 5%
Não sabem: 3%