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Rússia x Ucrânia: Cabo Daciolo recupera vídeo em que 'previu' guerra

Cabo Daciolo  - Reprodução/Facebook
Cabo Daciolo Imagem: Reprodução/Facebook

Colaboração para o UOL, em Maceió

24/02/2022 10h32

O ex-presidenciável Cabo Daciolo aproveitou o início do conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia na noite de ontem para recuperar o vídeo em que "previu" que o presidente russo, Vladimir Putin, deflagraria uma guerra.

No vídeo, gravado durante um debate entre os candidatos à presidência da República em 2018, na RecordTV, Daciolo disse que a Rússia e a China entrariam em confronto com os Estados Unidos por interesses econômicos, porque o PIB (Produto Interno Bruto) chegou a um limite, e os países teriam a pretensão de "matar milhões" de pessoas.

"População, preste atenção. Muitos aqui estão mentindo para vocês. Deixa eu falar uma coisa: Tem um perigo iminente acontecendo, tem uma guerra próxima a estourar! O povo não está falando disso, ninguém está falando disso. Preste atenção, vão aí agora na internet... Chamem o Daciolo de louco, podem chamar... Deem uma olhada no evento Vostok de 2018, a Rússia com a China fazendo articulação de guerra contra os Estados Unidos, toda uma guerra global, motivada pelo PIB global que chegou ao teto e não tem para onde crescer mais. Vão tentar matar uma massa", declarou na ocasião.

Ao recuperar a fala em publicação no Twitter, Cabo Daciolo alertou seus seguidores para que "fiquem atentos" e "vigiem".

O evento Vostok citado por Daciolo foi um exercício militar realizado pela Rússia em 2018, entre os dias 11 e 15 de setembro, na região leste do país, quando 300 mil soldados e 36 mil tanques em uma demonstração de força e poderio. À época, a China e a Mongólia também participaram do exercício.

Rússia inicia guerra e Ucrânia cita 'invasão total'

Depois de meses de tensão e ameaças de guerra, a Rússia deu ontem início ao conflito armado contra a Ucrânia. Em resposta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse se tratar de uma "invasão total" de seu território por parte das tropas russas. Essa é a mais grave crise militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Em pronunciamento, Zelensky anunciou o rompimento das relações diplomáticas com Moscou e também a adoção da lei marcial em todo o território ucraniano, pedindo para que os cidadãos continuem calmos.

A adoção da lei marcial consiste em uma medida que altera as regras de funcionamento de um país, deixando de lado as leis civis e colocando em vigor leis militares.

Líderes de todo o mundo repudiaram a invasão russa à Ucrânia e apontaram que "os piores medos se tornaram realidade". Em menos de 24 horas já foram notificadas dezenas de mortos e explosões foram registradas nas áreas de fronteira.

Por meio de uma mensagem televisionada, Putin disse ter autorizado a operação, denunciando um suposto "genocídio" orquestrado pela Ucrânia no leste do país, e prometeu retaliação contra quem interferir na operação.

Em resposta, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu que "o mundo responsabilizará a Rússia" pelo ataque à Ucrânia, que ele descreveu como "injustificado". Até o momento, a China tem evitado criticar a Rússia.