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Elogios de Trump a Putin colocam Bolsonaro contra a parede
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O ex-presidente dos EUA Donald Trump é o farol politico do ultraconservadorismo no mundo e especialmente no Brasil. O presidente Jair Bolsonaro até hoje não poupa elogios a seu guru.
O presidente brasileiro torceu publicamente pela reeleição de Trump, contra o atual presidente dos EUA, Joe Biden. A derrota eleitoral de Trump nas urnas foi a primeira saia justa da política externa de Bolsonaro.
Mesmo assim Bolsonaro não recuou. Internamente, continuou imitando Trump na política de levantar suspeitas contra a apuração das eleições, aqui como lá.
No início da pandemia da Covid-19, como seu aliado norte-americano, também passou a chamar o coronavírus de "vírus chinês".
Foi a segunda saia justa na política externa, desta vez tão perigosa (já que os chineses são os maiores fornecedores mundiais de matéria prima para vacinas) que se viu obrigado a recuar.
Mas não voltou atras na sua prática de imitar Donald Trump quanto as críticas à vacinação em massa, máscaras e isolamento social.
A outra desastrosa decisão de Bolsonaro de imitar Trump foi a ideia de se aproximar de Vladimir Putin em contraposição a Joe Biden.
Em sua viagem à Russia, na semana passada, o presidente brasileiro chegou a declarar solidariedade ao novo amigo russo nas discussões sobre a Ucrânia.
(Aqui vai um parêntesis: não dá pra chamar Putin de comunista. Ele é um conservador tal qual Bolsonaro. Assim como o presidente da República Popular da China, Xi Jinping, apenas um conservador como outros ditadores de países apontados como comunistas, tipo Venezuela, etc. Mas isso é outtro assunto)
A solidariedade manifestada por Bolsonaro deixou o Itamaraty em pânico. Os diplomatas estão até agora tentando desfazer o mal estar com os EUA, cuja porta-voz da Casa Branca declarou que o presidente brasileiro está "do outro lado".
Aí vem Donald Trump, ressurgindo das cinzas e acendendo seu farol para os bolsonaristas do mundo com elogios a Vladimir Putin na batalha diplomática contra Joe Biden.
Nova saia justa para Bolsonaro.
A pergunta é: o presidente brasileiro vai se juntar a seu guru do conservadorismo radical no mundo, aprofundando o racha com Joe Biden e prejudicando comercialmente o Brasil?
Ou irá Bolsonaro se opor a Trump e virar as costas ao ideário do bolsonarismo?
Qualquer que seja o caminho, é ruim para o candidato à reeleição neste ano eleitoral de 2022.
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