Weintraub expõe mágoa de Bolsonaro e diz que foi trocado pelo Centrão
O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub ironizou o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que recentemente defendeu a aliança entre os militares e o Centrão no governo, e expôs mais uma vez a mágoa que sente do presidente Jair Bolsonaro (PL) por ter sido preterido pelo mandatário.
Em seu perfil no Twitter, Weintraub repercutiu uma entrevista concedida por Nogueira à Folha e, em tom de ironia, chamou o político de "honesto", além de classificar a aliança defendida por Ciro entre os militares e o Centrão como um "pacto".
"Aliança Centrão-militares! Segundo o honesto e patriota Ciro Nogueira. Eu diria que não é uma aliança, é um pacto. E não é entre o Centrão e os militares, é entre o Centrão e alguns generais", afirmou o ex-ministro.
Nos comentários, um seguidor questionou Abraham se é possível para Jair Bolsonaro manter a governabilidade sem o apoio do Centrão, pois os políticos que compõem esse grupo estariam impedindo as pautas do Planalto no Congresso.
"Sendo bem sincero, você acha possível governar hoje, sem o apoio dessa porra de Centrão? Vimos que em 2019, exceto a reforma da previdência, não passou nada e o impedimento só não saiu por causa do povo. Não é um mal, infelizmente, necessário?", rebateu o seguidor.
Em seguida, Weintraub pontuou que nos primeiros anos do governo, antes de Bolsonaro formalizar a aliança com o Centrão, eles teriam conseguido passar o "fundão e a nova Lei Rouanet" sem precisar recorrer ao toma lá dá cá de cargos e verbas, que Bolsonaro tanto criticou durante a campanha de 2018.
O seguidor insistiu e disse não ter dúvidas de que "esse centro fisiológico é ruim", mas ressaltou que o governo "não tem apoio suficiente para não depender deles". Foi nesse momento que Weintraub disse ter sido "posto para fora" pelo presidente, tão logo o mandatário achou conveniente.
"Ganhamos as eleições, passamos a previdência e o Banco Central, depois fomos postos para fora pela aliança 'Centrão-Generais' descrita pelo Ciro Nogueira", queixou-se.
Embora Weintraub tenha dito que Bolsonaro conseguiu aprovar a reforma da previdência na Câmara e no Senado sem o apoio do Centrão, o Palácio do Planalto recorreu, na ocasião, à tática do que ele chama de "velha política" ao acordar a liberação de bilhões em emendas do Orçamento para a aprovação da pauta.
Weintraub critica Bolsonaro e defende vitória de Lula
Na semana passada, circulou nas redes sociais um áudio em que Abraham Weintraub critica as alianças feitas por Jair Bolsonaro ao longo de sua gestão. Em determinado ponto, o ex-ministro parece defender a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito presidencial deste ano: "Ou é com Lula, ou a gente continua piorando".
"O presidente Bolsonaro, ao se aliar ao centrão, transformou um sonho que a gente tinha, de mudança no país, em um pesadelo. Porque hoje, ou é com Lula, ou a gente continua piorando, porque com ele [Bolsonaro] vai continuar piorando", declarou.
"Historicamente, o segundo mandato de um presidente costuma ser pior do que o primeiro, não é no Brasil, é no mundo inteiro. Um segundo mandato do presidente Bolsonaro, mais fraco do que o atual, vai ser um horror. Então hoje, eu vejo isso, o melhor cenário é ruim, e a gente tem que se preparar para a resistência", acrescentou no áudio.
Após a repercussão do áudio, o ex-ministro afirmou que "jamais apoiaria" o petista.
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