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Ipespe: 56% desaprovam perdão de Bolsonaro a Daniel Silveira

Presidente Jair Bolsonaro editou decreto que perdoa Silveira, condenado a oito anos e nove meses de prisão por ameaças a ministros do STF - Reprodução/Twitter
Presidente Jair Bolsonaro editou decreto que perdoa Silveira, condenado a oito anos e nove meses de prisão por ameaças a ministros do STF Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

06/05/2022 10h22Atualizada em 06/05/2022 12h10

Pesquisa Ipespe divulgada hoje mostra que 56% dos entrevistados desaprovam o perdão que o presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu ao deputado Daniel Silveira (União Brasil-RJ), ante 29% que aprovam a medida. Outros 15% não responderam.

O levantamento também mostrou que 35% acreditam que o indulto diminui a chance das pessoas votarem em Bolsonaro nas eleições deste ano, contra 20% que pensam que aumenta e 31% que disseram que não altera. 14% não sabem ou não responderam.

No mês passado, Silveira foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a oito anos e nove meses de prisão por ameaças aos ministros da Corte. No dia seguinte, o presidente editou um decreto que concedeu graça ao parlamentar, em um movimento que é previsto pela Constituição, mas que gerou tensão com o Judiciário. Ainda não está definido se o deputado vai manter os direitos políticos.

Em 26 de abril, a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber deu dez dias para que Bolsonaro explique o perdão concedido ao deputado federal Daniel Silveira. Para Weber, o processo tem "especial significado para a ordem social e a segurança jurídica".

O instituto entrou em contato por telefone com 1.000 eleitores entre os dias 2 e 4 de maio. O nível de confiança é de 95,5%. A sondagem foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-03473/2022. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

O Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) é uma empresa de pesquisas fundada em 1986 e com sede no Recife. O instituto geralmente faz pesquisas eleitorais por telefone. Operadores ligam para eleitores selecionados conforme a distribuição de todo eleitorado brasileiro e os questionam sobre suas preferências eleitorais.