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Políticos e apoiadores de Silveira fazem vaquinha para pagar multa do STF

Por 10 votos a 1 no STF, Daniel Silveira foi condenado a oito anos e nove meses de prisão - Getty Images
Por 10 votos a 1 no STF, Daniel Silveira foi condenado a oito anos e nove meses de prisão Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

04/05/2022 20h55

Apoiadores do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) estão arrecadando dinheiro para ajudá-lo a pagar a multa de R$ 405 mil determinada ontem pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O parlamentar foi punido por descumprir as medidas cautelares impostas pela Corte, como o uso de tornozeleira eletrônica.

O deputado federal Coronel Tadeu (PL-SP) publicou um vídeo pedindo ajuda para o colega. Na transmissão divulgada pelas redes sociais, o político disse que Silveira é "um trabalhador como todos os outros" e "não tem a menor condição de pagar isso" e passou uma conta PIX para depósito de valores.

Hoje, o BC (Banco Central) informou que a determinação de bloquear imediatamente todas as contas bancárias do deputado federal foi repassada às demais instituições financeiras. Na decisão, o magistrado determinou também que seja impedido o "recebimento de qualquer tipo de transferência".

Para aplicar a multa, Moraes afirmou que Silveira descumpriu as medidas cautelares em 27 ocasiões, como o desligamento da tornozeleira eletrônica e a participação em eventos públicos - no último domingo, o parlamentar esteve em três manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o STF - em e entrevistas - proibições impostas pelo STF em março.

Silveira foi condenado no STF a 8 anos e 9 meses de prisão, acusado de estimular atos com pautas antidemocráticas no país.

Daniel SIlveira ri e aponta para tornozeleira em foto - Reprodução/Twitter/vlogdolisboa - Reprodução/Twitter/vlogdolisboa
Daniel SIlveira ri e aponta para tornozeleira em foto
Imagem: Reprodução/Twitter/vlogdolisboa

Silveira se recusa a receber ordem do STF

Hoje, o deputado se recusou a receber notificação da decisão do STF que determinou que o parlamentar volte a usar tornozeleira eletrônica. A tentativa de cumprimento do mandado de intimação foi feita às 11h45 desta quarta-feira (4) no gabinete do parlamentar na Câmara dos Deputados.

"Uma vez que —ao encontrá-lo e me identificar como oficial de Justiça do STF - ele se recusou a receber o mandado e afirmou que não vai mais usar tornozeleira, pois está cumprindo decreto do presidente da República", afirmou a oficial de Justiça responsável pela notificação, em referência ao indulto individual concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).