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PSOL pede cassação do vereador que usou expressão racista em audiência

Camilo Cristófaro, vereador de São Paulo - André Bueno/CMSP
Camilo Cristófaro, vereador de São Paulo Imagem: André Bueno/CMSP

Colaboração para o UOL

06/05/2022 14h53Atualizada em 06/05/2022 15h16

A bancada do PSOL na Câmara de São Paulo acionou hoje a Corregedoria da Casa para pedir a cassação do mandato do vereador Camilo Cristófaro (sem partido) que usou a expressão racista "coisa de preto" durante sessão da CPI dos Aplicativos nesta semana.

A representante do PSOL na Corregedoria da Câmara é a vereadora negra Elaine do Quilombo Periférico, que defenderá a cassação do mandato.

A vereadora do PSOL Luana Alves, que estava presente na sessão, também solicitou a abertura de inquérito contra Cristófaro na Delegacia de Crimes Raciais de São Paulo. A deputada estadual Monica Seixas (PSOL) acompanhou a correligionária.

O UOL tenta contato com a assessoria de comunicação do vereador. Caso haja resposta, o texto será atualizado.

'Eles arrumaram e não lavaram a calçada. É coisa de preto, né?'

A sessão da CPI dos Aplicativos na Câmara Municipal de São Paulo foi interrompida no último dia 3 após um áudio com uma fala racista vazar: "Eles arrumaram e não lavaram a calçada. É coisa de preto, né?". O vereador Camilo Cristófaro (sem partido) admitiu a declaração, pediu desculpas e disse que cometeu um erro.

Logo depois das declarações, o presidente da sessão, Adilson Amadeu (União), pediu para que o áudio fosse desligado.

O vereador Camilo Cristófaro pediu desculpas no dia seguinte e disse que cometeu um erro após uma fala racista durante reunião da CPI dos Aplicativos na Câmara Municipal de São Paulo.

Eu peço desculpas a toda população negra por esse episódio que destrói toda minha construção política na busca de garantia à cidadania dos paulistanos, principalmente aos que têm suas portas de acesso ao direito diminuída pelo racismo estrutural. Vereador Camilo Cristófaro

"Eu como humano tenho que me reconstruir para ser um vereador que combate qualquer forma de discriminação, principalmente quando mantenho valores de uma sociedade que está se transformando para melhor, onde todos devem ser respeitados. Venho de uma geração onde as piadinhas eram normais e preciso passar por uma desconstrução desses preconceitos", continuou ele.