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Moro critica Lula e Bolsonaro por não repreenderem guerra da Ucrânia

Moro já tinha cobrado um posicionamento do governo federal. No início de março, ele afirmou que era preciso "estar do lado certo da história" - Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo
Moro já tinha cobrado um posicionamento do governo federal. No início de março, ele afirmou que era preciso 'estar do lado certo da história' Imagem: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

06/05/2022 13h42Atualizada em 06/05/2022 14h10

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil) criticou hoje tanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto Jair Bolsonaro (PL) por não se oporem claramente à invasão da Ucrânia pela Rússia. Para ele, isso é negativo para a imagem do Brasil.

"É sintomático que os dois representantes desses extremos políticos, Lula e Bolsonaro, nunca tenham conseguido manifestar uma reprovação clara à invasão da Ucrânia pela Rússia, o que gera uma percepção negativa da imagem do Brasil sobre as outras democracias ocidentais", disse Moro.

A fala do ex-juiz foi feita em um evento organizado pela Amcham em parceria com o Brazil-U.S. Business Council (BUSBC).

O comentário acontece dois dias após uma entrevista de Lula publicada na revista norte-americana Time na qual o petista declarou acreditar que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tem tanta culpa pela guerra quanto o russo Vladimir Putin.

Na última quarta-feira (4), Moro foi uma das pessoas que usaram suas redes sociais para criticar a opinião de Lula. "Mal disfarça o seu desprezo por Zelensky e a sua preferência por Putin e por regimes autoritários. Esta é a via democrática?", questionou o ex-juiz no Twitter.

Bolsonaro, por sua vez, se pronunciou logo após o início do conflito afirmando que o Brasil não tomaria partido e que a posição do país seria de "grande cautela'. Na quarta, o presidente disse temer os possíveis efeitos econômicos caso a guerra se prolongue.

Moro já tinha cobrado um posicionamento do governo federal. No início de março, cerca de uma semana após o início da invasão, ele afirmou que era preciso "estar do lado certo da história".

*Com Estadão Conteúdo