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Deputado entra com ação no TSE por gastos de Bolsonaro com motociatas

 O presidente da república, Jair Bolsonaro, durante motociata com apoiadores - MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente da república, Jair Bolsonaro, durante motociata com apoiadores Imagem: MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

10/05/2022 11h03

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) entrou com ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposto uso de dinheiro público para fazer campanha antecipada. Segundo o parlamentar, a verba foi utilizada pelo chefe do Executivo para deslocamento, segurança e apoio a esses eventos. A petição foi direcionada ao ministro Alexandre de Moraes, vice-presidente do TSE.

"As chamadas motociatas se tornaram uma marca de Jair Messias Bolsonaro. Elas existem unicamente para a propaganda eleitoral disfarçada na forma de eventos improvisados ou privados. Elas também desafiam a legislação eleitoral e consumem os recursos do orçamento público federal", diz o deputado do PSB.

De acordo com outro levantamento feito pelo parlamentar, Bolsonaro gastou R$ 4,2 milhões nos cartões corporativos da Presidência da República nos últimos 35 dias.

Ao todo, foram gastos R$ 4.208.870,16 com os cartões entre 1º de abril e 5 de maio. A quantia é um pouco mais baixa do que o registrado de janeiro a março, que foi R$ 4.649.448,66.

Nessa nova ação, Elias Vaz diz que os gastos do dinheiro da União já somam R$ 8,8 milhões até abril deste ano.

"Além dos cartões, há o pagamento de diárias, passagens e outros custos destinados às equipes de segurança e apoio. Também há a locação de veículos, transporte e outros serviços", acrescenta o deputado.

O deputado pede a Moraes que inclua nessa ação os gastos do cartão corporativo, que são sigilosos, referente aos eventos. Solicita ainda que o ministro instaure um processo para apurar o desvio de dinheiro público, por parte do presidente, em atos de campanha antecipada.

Na conclusão da ação, Vaz pede a Moraes que seja instaurado um processo para apurar possível desvio de dinheiro público por atos de campanha antecipada e solicita ainda inclua o "aumento explosivo" do uso do cartão corporativo na investigação.