Oposição: ação de Bolsonaro contra Moraes é 'desvio'; bolsonaristas exaltam
Políticos de oposição e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) foram às redes sociais para criticarem ou exaltarem a decisão do mandatário de ajuizar queixa-crime contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), por suposto abuso de autoridade.
O deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM), vice-presidente da Câmara dos Deputados, declarou que a ação é uma "daquelas tentativas de desviar o noticiário do desastre que é o governo no que importa".
O deputado federal e vice-presidente nacional do União Brasil, Junior Bozzella, escreveu que o chefe do Executivo faz "da República o quintal da casa dele!"
O também deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) comentou que a ação de Bolsonaro contra o ministro da Corte "não passa de mais uma bravata para manter sua claque mobilizada".
O senador Fabiano Contarato (PT-ES) comentou que o "STF está vacinado contra ataques desesperados do presidente da República contra o ministro que relata ação gravíssima contra Bolsonaro e seu clã".
Bolsonaristas exaltam o presidente
Já o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) declarou que o presidente está "corretíssimo" em abrir uma ação contra o ministro.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que é apoiadora do presidente, também anunciou o ajuizamento da ação.
Bibo Nunes (PL-RS), deputado federal, exaltou o mandatário por sua atitude.
Ação contra o ministro
O presidente Jair Bolsonaro entrou com uma ação contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, por abuso de autoridade. Moraes é relator das investigações mais sensíveis contra o Planalto, como os inquéritos das fake news e das milícias digitais.
O pedido foi enviado por meio de um advogado privado e não através da Advocacia-Geral da União (AGU). Bolsonaro cobra a abertura de uma investigação para apurar a conduta do ministro do STF.
A notícia-crime contesta a demora na conclusão do inquérito das fake news, aberto de ofício em março de 2019 pelo então presidente do STF, Dias Toffoli, com base no regimento interno do tribunal e sem solicitação do Ministério Público Federal (MPF). Bolsonaro diz que a investigação é "injustificada" e "não respeita o contraditório". O plenário do Supremo já decidiu que a abertura do inquérito foi regular. Dias Toffoli foi escolhido para ser o relator dessa ação do presidente na Corte.
Bolsonaro também coloca em dúvida a investigação das milícias digitais. O inquérito nasceu de uma queda de braço entre Moraes e o procurador-geral da República Augusto Aras. Na época, Aras exigiu o arquivamento de outra apuração contra aliados e apoiadores do presidente: o inquérito dos atos antidemocráticos. Antes de encerrá-lo, porém, o ministro autorizou o intercâmbio de provas e mandou rastrear o que chamou de "organização criminosa". O presidente diz que Moraes "objetivou, em verdade, contornar o pedido de arquivamento".
*Com Estadão Conteúdo
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