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Rosa Weber arquiva investigação contra Ciro Nogueira em caso de corrupção

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), agora chefe da Casa Civil, em sessão da CPI da Covid - Edilson Rodrigues/Agência Senado
O senador Ciro Nogueira (PP-PI), agora chefe da Casa Civil, em sessão da CPI da Covid Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

03/06/2022 22h06

A ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), seguiu a PGR (Procuradoria Geral da República) e determinou o arquivamento do inquérito que investigava o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI). O senador licenciado era investigado por suposto recebimento de propinas em troca do apoio do PP à chapa Dilma-Temer, em 2014.

Mês passado, a vice-procuradora-geral da PGR, Lindôra Araújo, havia pedido pelo arquivamento do caso. O inquérito foi originalmente aberto pelo STF.

O relatório final da Polícia Federal apontou ter havido crime de corrupção passiva por parte de Nogueira. No documento de 61 páginas, o delegado Rodrigo Borges Correia afirmou que houve repasses de propinas ao então senador, pagas pelo empresário Joesley Batista, para garantir o apoio do PP à reeleição de Dilma.

Em nota, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que representa Ciro Nogueira, disse que já esperava o arquivamento. "A defesa sempre acreditou que o inquérito n. 4.736 do Supremo Tribunal Federal, o qual foi instaurado a partir da colaboração da JBS, seria arquivado, pois absolutamente nenhuma irregularidade ocorreu nos fatos apurados"

Nogueira, atualmente, é presidente nacional do PP. Em agosto de 2021, o político assumiu a Casa Civil após ser "convencido" pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ontem, o ministro da Casa Civil afirmou à CNN Brasil que o PP não fará parte da base de um eventual governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que, caso o petista seja eleito, será oposição a ele.