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Dia do Ambiente: pré-candidatos citam Amazônia, energia e papel do Brasil

Lula, Bolsonaro, Ciro e Simone adotam posturas diferentes na comemoração do 5 de junho - Reprodução, Cleber Clauber Caetano/PR, Lucas Lima/UOL e Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo, Folhapress
Lula, Bolsonaro, Ciro e Simone adotam posturas diferentes na comemoração do 5 de junho Imagem: Reprodução, Cleber Clauber Caetano/PR, Lucas Lima/UOL e Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo, Folhapress

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

05/06/2022 12h41Atualizada em 06/06/2022 14h04

Os pré-candidatos à frente nas pesquisas eleitorais comentaram o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado neste domingo (5).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) adotaram posturas diferentes neste final de semana sobre temas como Amazônia, Pantanal, garimpo, energia solar, gestão de resíduos sólidos e o papel internacional do Brasil.

Lula disse que "o amor preserva" e "o ódio queima", numa referência ao governo de Jair Bolsonaro. Segundo ele, seu governo reduziu o desmatamento da Amazônia em 87%, enquanto o do adversário aumentou a derrubada da floresta em 57%.

O petista divulgou um vídeo com críticas ao garimpo ilegal e à destruição de biomas, como o Pantanal. Ontem, ele participou de um encontro que tratou de meio ambiente.

Bolsonaro destacou feitos de sua gestão. No Telegram, mencionou o aumento da matriz de energia solar, de 1,4% em 2019, para 6,9% no ano passado. No Twitter, publicou notas em série. Nelas, afirmou que o governo "trabalha em diversas frentes para sanar os problemas ambientais que os centros urbanos geram para a natureza e para os próprios cidadãos".

Bolsonaro citou programas para a reciclagem do lixo e a gestão de resíduos sólidos. Ele é criticado por ambientalistas, por ações, discursos e projetos de lei que colocam em risco a Amazônia e outros territórios.

Ciro Gomes disse que hoje é "a data correta para lembrar que o Brasil ainda é o país com melhor perfil para liderar a grande luta em defesa da vida no planeta". Em um vídeo divulgado nas redes sociais, criticou Bolsonaro e a má imagem do país no exterior.

O ex-ministro disse que jamais "o peso das armas", "o poder econômico" e "o ecologismo demagógico" darão legitimidade para exercer esse papel. Ciro disse que novas ideias podem equilibrar bem-estar, progresso e defesa do meio ambiente.

Na tarde de domingo (5), a pré-candidata Simone Tebet (MDB) disse que o Brasil possui "uma política ambiental desastrosa e sem a adoção de medidas efetivas a favor da preservação dos nossos biomas". Ela disse que assume um compromisso com o Amazônia 2030, o Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Economia Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio).

O objetivo é "reconstruir o Brasil com políticas ambientais sérias, participação mais ativa na defesa da vida e do meio ambiente, que protejam a nossa biodiversidade, desenvolvam consciência ambiental e preservem os recursos naturais do país"