Após renúncia de Boris Johnson, Bolsonaro diz: Viram como Brasil está bem?
O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou hoje a renúncia do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. Para o mandatário brasileiro, a situação mostra que o Brasil está "bem" em comparação a outros países.
"Estão vendo como está o mundo? E como é que está o Brasil? A gente está bem", disse em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
Em seguida, o presidente apontou que a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) foi elevada. "Não por nós, né?", destacando que a previsão não foi feita pelo governo.
No dia 30 de junho, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revisou sua estimativa para o desempenho da economia brasileira, elevando o crescimento deste ano, mas reduzindo o de 2023. Segundo a entidade, o Brasil deve crescer 1,8% em 2022 e 1,3% em 2023. Em março, as estimativas eram de aumento de 1,1% em 2022 e de 1,7% em 2023.
Inflação no Brasil é maior do que no Reino Unido
Bolsonaro disse também que "lá fora eles sofrem com inflação altíssima" e contrapôs falsamente afirmando que "nós não temos esses problemas aqui". Um relatório divulgado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) em maio mostrava que o Brasil tinha a terceira maior inflação entre os países do G20. Dados levantados pela entidade até março, mostravam que, em 12 meses, a inflação acumulada no Brasil era de 11,3% enquanto no Reino Unido era de 6,2%.
Apesar da comparação feita pelo presidente, a queda do premiê britânico aconteceu mais por questões políticas do que econômicas. Boris Johnson vinha enfrentando uma série de problemas como o partygate, escândalo pela descoberta de que ele realizou diversas festas enquanto o país estava em lockdown por conta da covid-19, e a denúncia de assédio envolvendo um de seus assessores.
Relação com a Rússia
Bolsonaro também mencionou as sanções adotadas por países europeus, entre eles o Reino Unido, e pelos Estados Unidos contra a Rússia em função da guerra com a Ucrânia. "As barreiras econômicas dos Estados Unidos e Europa contra a Rússia não deram certo. A minha linha foi do equilíbrio", disse.
Ele disse ainda que a Rússia apoia o Brasil na questão da soberania da Amazônia. "Alguns não dão valor pra isso", falou.
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