O que diz a nova pesquisa Datafolha para presidente com jovens nas capitais
A nova pesquisa Datafolha, contratada pelo jornal Folha de S.Paulo, que foi divulgada hoje mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderando a corrida à Presidência entre adolescentes e jovens de 12 capitais brasileiras, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT).
O levantamento, realizado com pessoas de 16 a 29 anos, mostra, por exemplo, que as mulheres desta faixa etária têm preferência pelo petista. Já o atual presidente se sai melhor numericamente entre o público evangélico, resultado semelhante ao que vem sendo mostrado por outras pesquisas —embora elas não possam ser comparadas devido às diferenças nas metodologias.
Confira abaixo o que mostra a pesquisa Datafolha com este público:
Distância de 31 pontos
Conforme a sondagem, Lula tem 51% das intenções de voto entre os mais jovens enquanto Bolsonaro, que busca a reeleição, aparece em segundo lugar, com 20%, uma distância de 31 pontos percentuais.
Ciro vem na sequência, com 12%. Os demais pré-candidatos pontuaram 2% ou menos cada. Esses percentuais dizem respeito à pesquisa estimulada —quando os entrevistados recebem uma lista prévia com os nomes.
A pesquisa Datafolha ouviu 935 eleitores em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Brasília, Manaus e Belém nos dias 20 e 21 de julho.
A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos, e o levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 05688/2022.
Mulheres jovens preferem Lula
Conforme a pesquisa, o petista tem larga vantagem sobre Bolsonaro entre mulheres jovens. A campanha do presidente tem apostado na primeira-dama Michelle para tentar desconstruir a imagem de que ele não gosta de mulheres —criada por conta de diversas manifestações machistas feitas por ele ao longo do governo e, anteriormente, em sua carreira como deputado federal.
Eleitores por sexo (16 a 29 anos)
- Mulheres: Lula, 58%; Bolsonaro, 16%; Ciro, 10%
- Homens: Lula, 44%; Bolsonaro, 24%; Ciro, 14%
*Não foram divulgados os dados sobre os demais candidatos
Bolsonaro vai melhor entre evangélicos
O eleitorado mais jovem mostra diferença de preferências na escolha de candidato a presidente conforme a religião.
Entre os evangélicos, Bolsonaro tem vantagem numérica sobre Lula, mas há empate técnico no limite da margem de erro. Não foram divulgados dados sobre outros candidatos e demais religiões.
Eleitores evangélicos (16 a 29 anos)
- Bolsonaro: 36%
- Lula: 30%
Posicionamento político
O Datafolha também questionou os entrevistados sobre suas preferências no primeiro turno de acordo com seu posicionamento político. Entre eles, 32% se disseram de esquerda; 30% de centro; e 33% de direita.
Bolsonaro tem vantagem entre aqueles que se declaram de direita. Já entre os que disseram ser de esquerda, apenas 4% optaram pelo mandatário.
Eleitores por posicionamento político (16 a 29 anos)
- Direita: Bolsonaro, 42%; Lula, 35%; Ciro, 7%
- Esquerda: Lula, 78%; Ciro, 11%; Bolsonaro, 4%
- Centro: Lula, 40%, Ciro, 19%, Bolsonaro, 14%
*Não foram divulgados os dados sobre os demais candidatos
Bolsonaro é o mais rejeitado
Entre os principais pré-candidatos, Bolsonaro é o mais rejeitado — 67% declararam que não votariam nele de jeito nenhum.
Rejeição (eleitores de 16 a 29 anos):
- Bolsonaro: 67%
- Lula: 32%
- Ciro: 22%
- Santos Cruz (Podemos): 10%
- Vera Lúcia (PSTU): 7%
- Pablo Marçal (PROS): 6%
- José Maria Eymael (DC): 6%
- Felipe d'Avila (Novo): 5%
- Simone Tebet (MDB): 5%
- Luciano Bivar (União Brasil): 4%
- André Janones (Avante): 4%
- Leonardo Péricles (UP): 4%
- Sofia Manzano (PCB): 3%
Segundo turno
Na simulação de segundo turno, feita apenas entre Lula e Bolsonaro, o petista venceria com uma vantagem de 34 pontos percentuais.
Segundo turno (eleitores de 16 a 29 anos):
- Lula: 61% x Bolsonaro 27%
- Branco/nulo/nenhum: 11%
- Não sabe: 1%
Sobre o instituto
O Datafolha é um instituto de pesquisas ligado ao jornal Folha de S.Paulo. O instituto só realiza pesquisas eleitorais financiadas por grupos de comunicação. As pesquisas geralmente são feitas abordando entrevistados em pontos de grande fluxo de pessoas em áreas estabelecidas conforme distribuição do eleitorado brasileiro.
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