O que diz a nova pesquisa Datafolha para presidente
O presidente Jair Bolsonaro (PL) cresceu entre o eleitorado feminino, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve aumento das intenções de votos entre os homens na disputa pela Presidência da República nas eleições de 2022. É o que aponta a pesquisa Datafolha, contratada pelo jornal Folha de S.Paulo, publicada na noite de hoje (28).
De acordo com o levantamento, Bolsonaro subiu seis pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, publicada em 23 de junho. A margem de erro do Datafolha é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, mas dentro deste segmento específico, ela é de três pontos para mais ou para menos.
Apesar do avanço, que ocorre com a maior participação da primeira-dama Michelle Bolsonaro em eventos de campanha, o presidente ainda perde para Lula entre as mulheres, que representam 52% da população. O petista tem 46% de intenção de votos femininos (antes, eram 49%), enquanto Bolsonaro tem 27%.
Por outro lado, Lula cresceu quatro pontos entre os homens, enquanto Bolsonaro caiu quatro pontos entre o eleitorado masculino. O petista lidera por 48% a 32% neste segmento, que representa 48% da população brasileira.
O índice de confiança da pesquisa é de 95%. O Datafolha entrevistou pessoalmente 2.556 eleitores com 16 anos ou mais em 183 municípios entre os dias 27 e 28 de julho. O levantamento foi registrado sob o protocolo BR-01192/2022 no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Lula lidera por 18 pontos de diferença
Lula lidera a pesquisa com 47% das intenções de voto, mesmo percentual apresentado no Datafolha do mês passado. Bolsonaro aparece em segundo lugar, com 29%, após ter oscilado um ponto para cima em relação a junho.
Ciro Gomes (PDT), em terceiro, manteve 8%, mesmo patamar do levantamento anterior. Os demais candidatos tiveram desempenho de 2% para baixo. Confira o resultado da pesquisa estimulada:
- Lula (PT): 47%
- Jair Bolsonaro (PL): 29%
- Ciro Gomes (PDT): 8%
- Simone Tebet (MDB): 2%
- André Janones (Avante): 1%
- Pablo Marçal (Pros): 1%
- Vera Lucia (PSTU): 1%
- Leonardo Péricles (UP): não pontuou
- Sofia Manzano (PCB): não pontuou
- José Maria Eymael (DC): não pontuou
- Luciano Bivar (União Brasil): não pontuou
- General Santos Cruz (Podemos): não pontuou
- Luiz Felipe D'Ávila (Novo): não pontuou
- Brancos/nulos/nenhum: 6%
- Não sabem: 3%
Lula lidera entre camadas mais pobres; Bolsonaro entre mais ricos
Entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos (53% dos entrevistados), Lula lidera com 54%, embora tenha oscilado dois pontos para baixo. Bolsonaro, com 23%, ganhou três pontos percentuais dentro deste segmento.
O crescimento de Bolsonaro ocorreu após a aprovação da PEC dos Auxílios, que prevê o reajuste de R$ 400 para R$ 600 do Auxílio Brasil (o antigo Bolsa Família), aumento do vale-gás de R$ 53 para R$ 120 e a criação de auxílios para caminhoneiros e taxistas. A proposta tem validade até dezembro deste ano, e é vista pela base aliada do governo como uma das medidas que pode melhorar o desempenho do presidente nas pesquisas.
Lula cresceu cinco pontos na faixa que recebe entre cinco e dez salários mínimos, com 34% das intenções de votos. Bolsonaro lidera entre os que recebem mais de 10 salários mínimos, mas teve queda de seis pontos neste eleitorado.
Confira o levantamento:
Até 2 salários mínimos
- Lula: 54%
- Bolsonaro: 23%
Entre 2 e 5 salários mínimos
- Lula: 40%
- Bolsonaro: 34%
Entre 5 e 10 salários mínimos
- Lula: 34%
- Bolsonaro: 44%
Mais de 10 salários mínimos
- Lula: 33%
- Bolsonaro: 41%
Bolsonaro lidera entre evangélicos
A preferência do eleitor evangélico por Bolsonaro subiu de 40% para 43% neste último mês. No caso de Lula, oscilou para baixo: o petista tinha 35% e passa a ter, agora, 33%.
Entre os católicos, o petista lidera por 52% a 25%.
Sobre o Datafolha
O Datafolha é um instituto de pesquisas ligado ao jornal Folha de S.Paulo e só realiza pesquisas eleitorais financiadas por grupos de comunicação. As pesquisas geralmente são feitas abordando entrevistados em pontos de grande fluxo de pessoas em áreas estabelecidas conforme distribuição do eleitorado brasileiro.
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