Pablo Marçal diz que não renunciou à candidatura e caso vai à Justiça
Após a Executiva Nacional do Pros (Partido Republicano da Ordem Social) declarar apoio à chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), o coach, empresário e influencer Pablo Marçal (Pros) afirmou hoje que não renunciou à sua candidatura à Presidência da República e sugeriu que levará o imbróglio à Justiça.
"Eu vou falar aqui, para vocês, que eu renuncio, a partir de agora, ao meu tempo de qualidade com a família, aos milhões de reais que eu estou deixando de faturar porque eu não estou conectado a negócio. Eu tenho renunciado a tantas coisas para servir a essa nação... se depender de mim, Bolsonaro e Lula nunca mais sentam naquela cadeira de presidente", disse ele, em evento com plateia transmitido nas redes sociais.
"Eu não sei quem vai ser o líder do partido, porque, no apagar das luzes de domingo, o partido teve uma troca de comando e a uma decisão do STJ. Eu não vou julga e a decisão, mas ela é um pouco estranha. Mas, assim como essa decisão chegou, vai chegar uma nova amanhã", completou.
O acordo com o PT foi fechado em reunião no início da tarde de hoje, entre Eurípedes Júnior, fundador e atual presidente do Pros, e a coordenação da campanha lulista. O encontro ocorreu em São Paulo, na Fundação Perseu Abramo —ligada ao PT—, na hora do almoço.
Além de Eurípedes e Alckmin, participaram Aloizio Mercadante, um dos coordenadores da campanha de Lula; Felipe Espírito Santo, presidente da Fundação da Ordem Social, ligada ao Pros; e Bruno Pena, advogado do Pros.
Em viagem ao Nordeste nesta semana, Lula e a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), não participaram do encontro, mas já foram informados do resultado.
Disputa interna do partido
O Pros, que apoiou o PT nas duas últimas eleições nacionais com Dilma Rousseff (2014) e Haddad (2018), lançou Pablo Marçal em convenção, em Brasília. É a primeira vez que o partido disputaria o cargo e a primeira vez que Marçal pleitearia um cargo público.
O problema é que o partido passa por uma longa disputa judicial que inclui a permanência de Eurípedes na presidência. Depois de cinco meses afastado, ele retomou o direito de dirigir o Pros também no último domingo, por meio de decisão do ministro Jorge Mussi, vice-presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça)
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