Vereador do Rio é investigado por suspeita de roubo de trilhos do metrô
O Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil do estado realizaram hoje a Operação Resina, que cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão contra uma organização criminosa especializada em furto de cargas de caminhões e que estaria envolvida numa intermediação de trilhos roubados do Metrô Rio. Dentre as pessoas investigadas, estão o vereador Willian Coelho (DC) e seu pai, o ex-policial Edson dos Santos Filho.
O UOL tenta contato com o vereador e com a defesa do parlamentar. Segundo a denúncia, a quadrilha organizou roubos de toneladas de resina, avaliadas em mais de R$ 600 mil, telas de aço, tubos de dragagem de ferro - todos vindos de cargas de caminhões, roubadas pelo grupo. O Ministério Público detectou oito furtos qualificados.
Em relação aos trilhos, que teriam vindo do Metrô Rio, a polícia começou a suspeitar do crime devido a um áudio trocado entre os empresários Christiano Giannetti e Marcus Vinicius, também alvos da operação. No áudio, eles falam sobre a negociação de um lote de trilhos de trem. "É do metrô aqui do Rio", diz Vinicius, que entrou em contato com Giannetti, afirmando que "tem uns trâmitezinhos políticos, mas dá pra gente tirar".
Giannetti, segundo o áudio, respondeu aceitando a oferta e mostrou-se como responsável por manter contato com receptadores finais no estado de São Paulo.
Willian e Edson supostamente intermediaram a receptação dos trilhos
De acordo com o RJTV, representantes da Polícia Civil afirmaram que a informação de que o vereador Willian Coelho (DC) e seu pai, o ex-policial Edson dos Santos Filho estariam envolvidos nos furtos surgiu durante a investigação. Isso fez com que eles fossem alvos dessa nova fase da Operação Resina, feita hoje.
Edson, o pai, já tem condenação por tráfico internacional de armas e foi preso em flagrante hoje com uma pistola com numeração raspada. No entanto, ele foi liberado após pagar R$ 6 mil de fiança.
Já o vereador foi alvo de buscas, que aconteceram em seu gabinete. No local, o Ministério e a Polícia apreenderam um computador que passará por perícia.
Em nota à imprensa, o Metrô Rio diz que está à disposição para qualquer apoio nas investigações - levando em conta a possível origem desses trilhos furtados.
"O Metrô Rio informa que está à disposição das autoridades competentes para apoiar nas investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro e Ministério Público", afirmam.
Como o crime acontecia?
A denúncia do MP explica que os integrantes da organização criminosa, que supostamente incluía o vereador e seu pai, associavam-se a funcionários de transportadoras, aproveitando-se da confiança dos empregadores.
Depois disso, os funcionários recebiam as mercadorias e, em hora e local ajustados previamente, os outros integrantes do grupo recebiam a carga, que geralmente era levada para São Paulo.
Por último, outros integrantes, policiais civis confeccionaram um falso registro de ocorrência em alguma delegacia - sempre colocando delegacias distantes do local do suposto roubo.
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