Por que a nova pesquisa Quaest traz boas notícias para Bolsonaro
Pesquisa do Instituto Quaest, contratada pela Genial Investimentos e divulgada hoje, trouxe boas notícias para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição. Embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continue na liderança do levantamento, a distância entre os dois vem caindo constantemente — são 15 pontos percentuais a menos em nove meses.
A pesquisa deste mês também apontou uma melhora na imagem do governo do mandatário e o menor nível de rejeição à gestão dele desde que o levantamento começou a ser feito, em julho do ano passado.
Veja abaixo alguns pontos do levantamento:
O que diz a pesquisa sobre a intenção de voto? Lula continua na liderança, com 44% das intenções de voto no cenário estimulado, quando os eleitores escolhem a partir de uma lista de pré-candidatos. Bolsonaro tem 32%.
Na comparação com pesquisa do mês anterior, ambos oscilaram dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Mas, quando é analisado o histórico das pesquisas, essa diferença vem diminuindo ao longo do tempo.
De quanto é a vantagem de Lula sobre Bolsonaro? Conforme o levantamento divulgado hoje, a diferença entre os dois é de 12 pontos percentuais. Em novembro do ano passado, essa distância era de 27 pontos, quando Lula tinha 48% das intenções de voto e Bolsonaro, 21%. Em março, era de 18 pontos, em julho, caiu para 14 pontos.
Embora mês a mês haja uma estabilidade nos números, o histórico da pesquisa mostra a evolução do atual mandatário, numa tendência de melhora.
Lula tem chance de ganhar em primeiro turno? Assim como no mês passado, a pesquisa não aponta uma garantia de vitória de Lula em primeiro turno, devido à soma dos outros candidatos ser 42%, comparado aos 44% do ex-presidente e considerando a margem de erro.
O Auxílio Brasil tem a ver com isso? Em relação ao mês passado, caiu de 35 para 23 pontos a distância de intenção de voto entre os dois para quem recebe o Auxílio Brasil.
Em julho, 62% dos entrevistados que recebiam o benefício disseram que votariam em Lula e 27%, em Bolsonaro. Este mês, o petista despencou dez pontos percentuais entre esse público (52%), enquanto Bolsonaro oscilou dois pontos para cima e chegou a 29%, ou seja, dentro da margem de erro.
O aumento de R$ 400 para R$ 600 começa a ser pago na próxima terça (9) para mais de 20 milhões de famílias. De acordo com a pesquisa, 82% ficaram sabendo do aumento.
A avaliação negativa do governo caiu de 53% para 39%, de janeiro a agosto, entre os beneficiários. Nesse mesmo período, a avaliação positiva subiu de 18% para 28%.
Já entre quem não recebe o Auxílio Brasil, a reprovação foi de 50% para 44% e a aprovação, de 23% para 28% no mesmo período.
E a avaliação geral sobre o governo? Em novembro do ano passado, 56% dos entrevistados avaliavam o governo Bolsonaro como negativo. Desde então, esse índice vem caindo e agora está em 43%.
No mesmo período, a avaliação positiva foi de 19% para 27%.
Como está a disputa nas regiões do Brasil? No Sudeste, região em que está o maior colégio eleitoral do país, Bolsonaro vem crescendo e empatou com Lula, com 37%.
Já o Nordeste continua dando ampla vitória ao petista. No Sul e no Centro-Oeste, Lula também lidera, mas a diferença já foi maior. Enquanto no Norte há um empate técnico com o ex-presidente numericamente à frente.
E por renda familiar? O levantamento mostra que a distância entre Lula e Bolsonaro diminuiu entre os eleitores cuja renda familiar é de até dois salários mínimos.
No mês passado, o petista tinha 55% das intenções de voto entre esse público e Bolsonaro, 22%, uma diferença de 33 pontos percentuais. Agora, Lula tem 52% e Bolsonaro, 25%, distância de 27 pontos.
Entre os mais ricos (aqueles cuja renda familiar é de mais de cinco salários mínimos), o atual mandatário subiu de 38% em julho para 45% em agosto. Já Lula foi de 34% para 32%. Ou seja, a diferença que era de quatro pontos saltou para 13, favorecendo o candidato do PL.
Já entre aqueles que têm renda média (dois a cinco salários mínimos) não houve mudanças significativas.
Evangélicos dão vantagem a Bolsonaro. A religião também é outro ponto significativo para a pesquisa entre os eleitores. Em relação à sondagem do mês passado, a distância entre os dois candidatos permanece a mesma entre os católicos, mas aumenta a cada mês entre os evangélicos, o que também favorece Bolsonaro.
Em janeiro, o presidente tinha 34% das intenções de voto entre este público e Lula, 35%. Em agosto, essa diferença passou para 19 pontos (48% para Bolsonaro e 29% para Lula).
Eleitores veem economia melhor. Em relação ao mês passado, caiu de 64% para 56% os eleitores que acreditam que a economia do Brasil no último ano piorou, e subiu de 15% para 20% os que dizem que a economia melhorou.
Também caiu, de 25% para 21%, os eleitores que acreditam que o principal responsável pelo aumento do preço dos combustíveis foi Bolsonaro.
Desde o começo do mês passado, estados estão reduzindo a alíquota do ICMS sobre os combustíveis em atendimento à lei aprovada no Congresso e sancionada por Bolsonaro que limita a porcentagem do imposto sobre esses produtos e serviços, que passaram a ser considerados essenciais.
Em agosto, chegou a 67% dos entrevistados a informação de que Bolsonaro agiu para reduzir o ICMS nos estados.
Ainda conforme a pesquisa, a inflação também está perdendo força como o principal problema do país (16% contra 19% em julho e 23% em junho).
Rejeição ao presidente diminui. Em janeiro deste ano, Bolsonaro era rejeitado por 66% dos eleitores e Lula, por 43%. Agora, a rejeição do mandatário é de 55% e de Lula, 44%.
Também cresceu o percentual de eleitores que acreditam que o presidente merece um segundo mandato. Em abril, eram 35%. Em agosto, são 41%.
E o segundo turno? Em comparação com a pesquisa do mês passado, Lula oscilou negativamente dentro da margem de erro —foi de 53% para 51%—, enquanto Bolsonaro cresceu fora da margem —subiu de 34% para 37%.
- Lula (PT): 51%
- Jair Bolsonaro (PL): 37%
- Brancos/Nulos/Não vai votar: 9%
- Indecisos: 3%
A sondagem ouviu 2.000 pessoas face a face entre os dias 28 e 31 de julho. O índice de confiança, segundo o instituto, é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-02546/2022 e custou R$ 139.005,86.
Sobre o instituto
O Quaest é um instituto de pesquisas com sede em Belo Horizonte. Até 2020, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a empresa realizava pesquisas eleitorais só em Minas Gerais. Hoje, faz levantamentos sobre intenções de voto para presidente, governador e para o Senado em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. O instituto tem uma parceria com a Genial Investimentos, a qual financia levantamentos para as eleições de 2022. As pesquisas são realizadas com entrevistas presenciais.
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