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Pesquisa traz boas notícias e uma surpresa para Bolsonaro
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A pesquisa Genial/Quaest deste mês traz boas notícias para o presidente Jair Bolsonaro e a principal é que a rejeição ao seu governo caiu 4 pontos — está agora em 43%. É a menor taxa registrada desde julho do ano passado pelo instituto.
Essa melhora na avaliação da administração mostra que o eleitorado respondeu a duas investidas empreendidas pelo governo nos últimos meses: a aprovação da PEC Kamikaze e o foco na recuperação do voto dos "bolsonaristas decepcionados".
Os números da Genial/Quaest deixam isso claro: a imagem do governo melhorou, sobretudo, em dois segmentos:
- o dos brasileiros que recebem o Auxílio Brasil (os ponteiros não se mexeram entre os que não ganham o benefício);
- o dos eleitores que votaram em Bolsonaro em 2018 e vinham avaliando mal a sua gestão.
Nesse último recorte, o dos "bolsonaristas decepcionados" ou "arrependidos", a avaliação positiva do governo subiu 12 pontos percentuais desde janeiro.
Mas o levantamento da Quaest traz uma surpresa para Bolsonaro, e esta não é boa para ele.
Até agora, a melhora na avaliação do governo não resultou em mais eleitores para o presidente.
No quesito intenção de votos, Bolsonaro subiu apenas 1 ponto em relação ao levantamento do mesmo instituto feito no mês passado. Tinha 31% e agora tem 32%, contra os 44% do ex-presidente Lula.
O que isso significa? "Significa que a imagem do governo melhorou, mas a do presidente, não", responde o cientista social Felipe Nunes, diretor da Quaest.
Segundo ele, os números indicam que os eleitores percebem e reconhecem "os esforços do governo" para melhorar suas vidas, "mas continuam rejeitando Bolsonaro".
Sobre isso, Lula, o principal adversário do presidente, tem repetido uma frase sempre que se apresenta diante de multidões.
Nas visitas que fez nos últimos meses a capitais do Nordeste, Lula sugeriu à plateia "pegar o dinheiro" do governo mas não votar em Bolsonaro. "Se o dinheiro cair na conta de vocês, peguem e comprem o que comer, e na hora de votar, dê uma banana neles".
A pesquisa Quaest mostra que muita gente pode estar dando ouvidos ao petista.
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