Globo confirma presença de Bolsonaro no JN, após dizer que ele não iria
A TV Globo informou hoje que o presidente Jair Bolsonaro (PL) participará da série de entrevistas que o Jornal Nacional realizará neste mês com candidatos à Presidência da República. Horas antes, a emissora havia anunciado que Bolsonaro não iria participar, por ter exigido que fosse entrevistado no Palácio da Alvorada, em Brasília, sendo que a regra é que os candidatos precisam comparecer ao estúdio da emissora no Rio de Janeiro.
Segundo divulgou a Globo, a assessoria do presidente avisou nesta manhã "que o e-mail tinha apenas o objetivo de manifestar uma preferência, mas que o candidato não se recusava a ir ao Rio de Janeiro para a entrevista".
Veja a programação de entrevistas com presidenciáveis divulgada pelo JN:
- 22/8: Jair Bolsonaro (PL)
- 24/8: Ciro Gomes (PDT)
- 25/8: Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
- 26/8: Simone Tebet (MDB)
Essas datas foram sorteadas na última segunda-feira (29/7). As entrevistas devem ter duração de 40 minutos e serão conduzidas pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos.
Procurado pelo UOL para confirmar a agenda do presidenciável, o Palácio do Planalto não se manifestou.
Confusão começou após tweet de Flávio Bolsonaro
A manifestação da Globo de que Bolsonaro não iria ser entrevistado no Jornal Nacional ocorreu de madrugada, depois de o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ter afirmado que o pai participaria do programa em 22 de agosto.
O ex-ministro Fábio Wajngarten, um dos integrantes da campanha de Bolsonaro, argumentou que Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foram entrevistados do Alvorada quando disputavam a reeleição. "É absolutamente justo e natural que o presidente em exercício, caso opte por participar das sabatinas televisivas, que elas ocorram onde ele desejar. A tradição dos veículos demonstra exatamente isso", publicou no Twitter.
A Globo afirmou que logo depois das eleições de 2014 definiu que todas as entrevistas em anos eleitorais seriam feitas em seus estúdios.
"A medida buscou demonstrar que todos os candidatos são tratados em igualdade de condições", declarou a emissora, que acrescenta que o calendário de todas as entrevistas foi informado aos partidos em abril deste ano.
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