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7 de Setembro: Bolsonaro usa TV pública para convocar população aos atos

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

07/09/2022 08h29Atualizada em 07/09/2022 14h24

O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou uma entrevista para o canal público TV Brasil para chamar a população a comparecer aos atos do 7 de Setembro.

"O povo que hoje está indo às ruas para festejar 200 anos de independência e uma eternidade de liberdade. O que está em jogo é nossa liberdade, é o nosso futuro, e a população sabe que ela que nos dá um norte para nossas decisões", declarou.

Todos do Brasil, compareçam às ruas de verde e amarelo para festejar a terra onde vivemos —uma terra prometida, aqui é um grande paraíso, ninguém tem o que temos presidente Jair Bolsonaro em transmissão da TV Brasil

A expectativa entre bolsonaristas para a comemoração do Dia da Independência é grande. O próprio presidente vem convocando apoiadores para os atos. Ele deverá participar de eventos em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo —nesta última, fará um discurso remoto para apoiadores na avenida Paulista.

Uso da TV Brasil

O uso da TV pública pelo presidente já foi contestado por parlamentares de oposição, que argumentam que ele estaria usando uma estrutura pública em benefício próprio.

A transmissão de compromissos do presidente é legítima, mas o uso eleitoral do canal poderia ser enquadrada como abuso de poder político e dos meios de comunicação social.

Advogados consultados pelo UOL consideram que o julgamento do TSE sobre o deputado estadual Fernando Francischini, em 2021, pode ter sido um precedente importante.

Francischini foi o primeiro deputado cassado por fake news e seu julgamento se tornou emblemático para o TSE sobre como lidar com situações semelhantes. Isso porque os ministros entenderam, na ocasião, que a transmissão feita pelo parlamentar, que acusou "fraude" nas urnas no primeiro turno das eleições, configurava uso indevido dos meios de comunicação e abuso do poder político.

Errata: este conteúdo foi atualizado
O nome do deputado cassado em 2021 pelo TSE é Fernando Francischini, não Francisco; a informação foi corrigida