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Rosa Weber convida todos os candidatos a presidente para posse no STF

3.ago.2022 - A ministra Rosa Weber, eleita presidente do STF, assumirá o comando da Corte em setembro - Nelson Jr./SCO/STF
3.ago.2022 - A ministra Rosa Weber, eleita presidente do STF, assumirá o comando da Corte em setembro Imagem: Nelson Jr./SCO/STF

Do UOL, em Brasília

08/09/2022 14h10Atualizada em 08/09/2022 14h25

A ministra Rosa Weber convidou todos os candidatos à Presidência para a posse marcada para a segunda-feira (12), em que a magistrada assumirá o comando do STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente Jair Bolsonaro (PL) e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também foram convidados para o evento.

O convite aos chefes de Poderes é praxe, mas por decisão de Rosa também foram enviados convites para os presidenciáveis. Ministros dos tribunais superiores e todos os parlamentares também foram convidados para a posse.

Ao todo, o STF estima 1.300 pessoas na posse - cerca 350 acompanharão no evento direto no plenário do STF enquanto os demais assistirão ao evento em salões próximos. Não há previsão de coquetel, e o hino nacional será tocado por uma banda militar. A posse deve durar cerca de uma hora e meia.

Rosa Weber assumirá o comando do STF até outubro de 2023, quando a ministra completará 75 anos e se aposentará compulsoriamente do Supremo. O ministro Roberto Barroso assumirá a vice-presidência do tribunal.

Quem é Rosa Weber

Discreta e avessa aos holofotes, a ministra presidirá o tribunal em um momento conturbado e nas vésperas das eleições. Para integrantes do Supremo ouvidos pelo UOL, parte deles em caráter reservado, Rosa Weber não deverá fugir ao seu estilo após assumir o Supremo.

Segundo os interlocutores, a ministra buscará afastar o STF do centro das discussões políticas e tentará "submergir" o tribunal durante sua gestão, que será mais breve que a dos antecessores. Como completará 75 anos em outubro de 2023, ela terá pouco mais de um ano no cargo até se aposentar compulsoriamente.

Ministros consultados pelo UOL avaliam que a postura discreta de Weber pode ser benéfica, para evitar colisões desnecessárias com o Planalto durante as eleições. Mas também é dito que a ministra, assim como o atual presidente Luiz Fux, não tem manejo político para articulações políticas, o que pode levar dificuldades à Corte.