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Moraes parabeniza PF e se solidariza com agentes "covardemente feridos"

4.ago.2022 - O ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante sessão plenária - Nelson Jr./SCO/STF
4.ago.2022 - O ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante sessão plenária Imagem: Nelson Jr./SCO/STF

Do UOL, em São Paulo

23/10/2022 19h24

Após a rendição do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes parabenizou o trabalho realizado pela PF (Polícia Federal) e prestou solidariedades a dois agentes feridos ao tentar cumprir o mandado de prisão.

Parabéns pelo competente e profissional trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras. Inadmissível qualquer agressão contra os policiais. Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos. Mensagem de Alexandre de Moraes

Mais cedo, policiais que cumpriam o primeiro mandado de prisão na residência de Roberto Jefferson em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, a pedido do STF, foram recebidos a tiros. A operação ocorreu um dia após Jefferson xingar a ministra do STF e a comparar a "prostitutas", "arrombadas" e "vagabundas".

O ex-deputado, que é aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), gravou vídeos em que confirma ter reagido à prisão contra agentes da PF. Em um vídeo gravado dentro de sua casa, Jefferson disse que não iria se entregar aos agentes.

"Eu não vou me entregar. Eu não vou me entregar porque acho um absurdo. Chega, me cansei de ser vítima de arbítrio, de abuso. Infelizmente, eu vou enfrentá-los", disse ele, instantes depois do ataque. "Eles atiraram em mim, eu atirei neles. Estou dentro de casa, mas eles estão me cercando. Vai piorar, vai piorar muito. Mas eu não me entrego."

A PF informou que agentes foram à casa de Jefferson para cumprir a ordem de prisão e o alvo reagiu à abordagem, quando os agentes se preparavam para entrar na residência. Dois policiais, sendo uma mulher, foram atingidos por estilhaços, mas passam bem.

Padre Kelmon negociou rendição de Jefferson

O Padre Kelmon (PTB), candidato à Presidência da República derrotado, chegou na tarde de hoje à residência de Jefferson, em Levy Gasparian (RJ), para negociar a rendição do aliado político. Ele chegou ao local acompanhado de outras pessoas não identificadas, sendo ovacionado por um grupo de apoiadores.

Kelmon só se tornou candidato na eleição presidencial após Jefferson ter a sua candidatura barrada, por unanimidade, pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O motivo da impugnação foi a inelegibilidade do ex-deputado até dezembro de 2023, uma vez que foi condenado pelo STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em 2013, no caso do mensalão.

Em um vídeo que circula pelas redes sociais, Kelmon aparece negociando com o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e entregando duas supostas armas que seriam de Jefferson à polícia. (Veja o vídeo abaixo)