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Flávio e Eduardo Bolsonaro saem em defesa de Zambelli: 'Agressão à mulher'

Carla Zambelli aponta arma para pessoa no meio da rua em São Paulo  - Reprodução/Redes Sociais
Carla Zambelli aponta arma para pessoa no meio da rua em São Paulo Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Do UOL, em São Paulo*

29/10/2022 19h07Atualizada em 29/10/2022 19h21

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) saíram em defesa da parlamentar Carla Zambelli (PL-SP) e chamaram o caso envolvendo a parlamentar de "agressão à mulher". A aliada do presidente Jair Bolsonaro foi filmada apontando uma arma para um homem negro no meio de uma rua em São Paulo.

"Minha solidariedade à deputada Zambelli pela covarde agressão que sofreu há pouco de um grupo de petistas. É pessoal que é contra o ódio, sabe?! Vamos ver agora quem defende agressão a mulheres e quem defende mulheres de agressores covardes. Cadeia neles", escreveu Flávio no Twitter.

Flávio continuou repercutindo o caso em seu Twitter. "Carla foi agredida fisicamente, empurrada no chão, cuspida e xingada por um grupo de petistas. Assim petistas tratam as mulheres. Talvez se ela estive com um livro, e não com uma arma, teria sido assassinada. Arma serve pra isso, cidadão de bem se defender de bandidos", comentou.

Em um vídeo no Instagram, Zambelli alegou ter sido vítima de xingamentos e diz ter recebido cuspes de um grupo de homens e de "uma mulher de camiseta vermelha".

"Nenhuma mulher merece ser agredida, quanto mais por suas opiniões. Todo apoio à Zambelli", tuitou Eduardo.

Apesar do apoio dos políticos filhos do presidente, outros parlamentares reagiram ao episódio em tom de indignação e disseram que irão entrar com pedido de cassação contra a aliada do candidato à reeleição.

O caso. A deputada federal foi filmada apontando uma arma para um homem negro na esquina da rua Joaquim Eugênio de Lima com a alameda Lorena, em São Paulo. No vídeo, ela atravessa a rua e entra em um bar com uma pistola empunhada. A ação aconteceu na esquina da rua Joaquim Eugênio de Lima com a alameda Lorena.

Zambelli afirma ter sido agredida e empurrada pelo homem. "Eles usaram um negro para vir em cima de mim", disse. O homem conversou com o UOL e afirmou que a intenção de Zambelli era "prendê-lo, matá-lo".

Pela legislação eleitoral, é proibido o transporte de armas e munições por CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) nas 24 horas anteriores da eleição, assim como no dia e nas 24 horas posteriores ao pleito.

O rapaz, que é jornalista e pediu para não ser identificado, afirmou que a confusão começou depois de encontrar Zambelli em um bar e a mandar "tomar no cu". Ele relata que as pessoas que acompanhavam Zambelli começaram a filmar a discussão até que o homem disse "te amo, espanhola". Foi neste o momento que Zambelli se desequilibra, quase cai e corre atrás da vítima com a arma.

Pela gravação, é possível ouvir a deputada falando para o homem mais de uma vez "deita no chão". Pessoas que estavam no local tentaram contê-la e uma voz afirma "ela quer me matar, mano". Testemunhas falaram que a polícia interditou a passagem de veículos na rua para preservar a cena do ocorrido.

Ele diz ter ouvido um disparo, mas que não viu quem o efetuou. Depois da confusão, ainda de acordo com o relato do jornalista, Zambelli pediu que ele gravasse um vídeo pedindo desculpas pela confusão, o que ele também recusou.

*Com Ana Paula Bimbati, Carla Araújo, Isabella Cavalcante e Leonardo Martins, do UOL, em São Paulo e Brasília